Robôs fortões! Cientistas criam músculos artificiais que aumentam com exercícios

A ideia de robôs musculosos pode parecer um pouco excêntrica, mas é justamente essa a aposta de um grupo de cientistas da Universidade de Chicago, nos EUA. Acontece que eles desenvolveram um novo gel que fica mais forte à medida que é exercitado, simulando os músculos do corpo humano.

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O novo material pode ajudar a levar a uma nova geração de robôs que podem realmente aumentar suas próprias capacidades ao longo do tempo, dependendo das tarefas específicas para as quais foram criados. Fazer máquinas que possam se adaptar e crescer seria um grande passo para a robótica.

Funciona da seguinte maneira: assim como os músculos biológicos crescem porque o corpo os torna maiores e mais fortes depois de serem exercitados, esses músculos artificiais ficam mais fortes (66 vezes mais fortes, segundo os responsáveis pelo projeto da Universidade de Chicago). O novo gel é incorporado com nanomateriais que se conectam e formam novas ligações fortes quando o gel é comprimido mecanicamente. Isso torna o material mais rígido e resistente com o tempo.

“Quando nos exercitamos, certamente podemos fortalecer nossos músculos. Queremos imitar esse processo para que, quando exercitarmos o músculo artificial, ele possa aumentar sua rigidez”, afirmou o co-autor do estudo, o engenheiro molecular da Universidade de Chicago Zhao Wang, durante uma entrevista à New Scientist.

Por enquanto, o processo funciona apenas em uma direção: o gel fica mais duro e rígido em resposta a uma tensão física, mas diferente de quando a gente volta da academia, por exemplo, esse músculo artificial não relaxa depois do ocorrido, permanecendo rígido.

É nisso que Wang e os outros pesquisadores vão trabalhar a seguir. Se eles puderem fazer com que os músculos artificiais se deteriorem ou se afrouxem com o tempo, então esses robôs acabam se tornando ferramentas muito mais versáteis com capacidade de se adaptar gradualmente e desenvolver-se para lidar com diferentes tarefas ou trabalhos, conforme necessário.

Fonte: NewScientist via Futurism