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Robô inspirado em zooplâncton pode explorar oceanos extraterrestres

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Fevereiro de 2023 às 16h00

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Reprodução/Bristol University
Reprodução/Bristol University

Pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, desenvolveram robôs inspirados em criaturas marinhas que podem ser usados na exploração de oceanos em outros planetas. O bot subaquático teve o design baseado no comportamento de zooplânctons — organismos que vivem dispersos na superfície da água.

Segundo os cientistas, os RoboSalps foram batizados em homenagem às salpas, seres com corpos semitransparentes em forma de barril, que fazem parte da família Tunicata. Uma característica dos membros dessa espécie é o ciclo de vida complexo, com gerações solitárias e agregadas que se conectam para formar colônias.

“Os RoboSalps possuem corpos tubulares igualmente leves e também podem se ligar uns aos outros para formar colônias, o que lhes dá novas capacidades que só podem ser alcançadas quando esses robôs trabalham em conjunto”, explica a pesquisadora Valentina Lo Gatto, autora principal do estudo.

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Robô modular

Cada módulo do robô é feito de uma estrutura tubular macia muito leve e uma hélice de drone que permite que ele nade livremente. Esses módulos simples podem ser combinados para que eles se tornem muito mais robustos e consigam realizar tarefas extremamente complexas.

É justamente devido ao baixo peso e robustez, que esses bots subaquáticos são ideais para operar em missões longe do planeta Terra, como na exploração do oceano subterrâneo da lua Europa de Júpiter, ou em qualquer outro ambiente hostil à presença de um ser humano.

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“Nossos RoboSalps são únicos, pois cada módulo individual pode nadar por conta própria. Isso só é possível devido a um pequeno motor com pás de rotor — normalmente usado em drones — inserido em sua estrutura tubular macia”, acrescenta Lo Gatto.

Missões espaciais

Uma das vantagens do novo robô é que ele pode ser utilizado em missões autônomas, em locais onde um controlador humano pode não ser viável. Isso significa que, além de explorar ambientes marinhos remotos, ele também pode ser aplicado em túneis de esgoto ou sistemas de resfriamento industrial.

Sua estrutura corporal também permite uma interação mais segura com ecossistemas potencialmente delicados — tanto na Terra, quanto fora dela — reduzindo o risco de danos ambientais e proporcionando uma adaptabilidade muito maior, independentemente do local a ser explorado.

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“Os RoboSalps podem se dividir em vários segmentos, cada um explorando numa direção diferente, e depois se remontarem em uma nova configuração para atingir outro objetivo, como a manipulação ou a coleta de amostras”, encerra o professor de engenharia Helmut Hauser, coautor do estudo.

Fonte: Bristol University