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Robô com habilidades manuais refinadas e precisas poderá limpar casas no futuro

Por  • Editado por Douglas Ciriaco | 

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Reprodução/WarnerMedia
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Pesquisadores da Universidade Lehigh, nos EUA, querem treinar robôs para que eles consigam manipular objetos com a mesma habilidade dos seres humanos. Eles utilizam algoritmos de aprendizagem de máquina para ensinar como os androides devem segurar, mover e “sentir” utensílios comuns, como pratos, copos ou qualquer outro item que possam segurar.

A ideia é fazer com que um robô seja capaz de se adaptar a estímulos variáveis sem precisar da intervenção humana, podendo alterar a forma como interage com o ambiente diante de situações distintas e imprevisíveis.

"Sempre achei que, para os robôs serem realmente úteis, eles precisam coletar coisas, precisam ser capazes de manipular, montar e consertar as coisas, ajudá-las a sair do chão e tudo mais", afirma a o professor do Departamento de Ciência da Computação e Engenharia da instituição, Jeff Trinkle.

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Pegar e colocar

A aprendizagem de máquina é uma alternativa promissora no processo de desenvolvimento de sistemas complexos que envolvam tarefas como pegar um objeto em um determinado lugar e colocá-lo em outro. Para os pesquisadores, a melhor solução para superar esse desafio está na criação de módulos adaptáveis.

A modularidade no design de um projeto permite que todo o sistema seja personalizado e fácil de aplicar. Esse modelo pode dar uma confiabilidade maior ao esquema de aprendizagem para alcançar um tipo de manipulação mais fina e precisa.

"Embora muitas questões de pesquisa ainda precisem ser respondidas, ao ensinar os robôs como manipular as coisas, poderemos trazê-los para nossas casas e escritórios para realizar tarefas comuns”, diz o um dos responsáveis pelo projeto, professor Jinda Cui.

Passos para o futuro

Para a equipe da Universidade Lehigh, existem diversas áreas que podem ajudar no desenvolvimento da capacidade de manipulação dos robôs. Uma das principais é o aprimoramento de modalidades de detecção, como sinais táteis, auditivos e sensores de temperatura.

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Eles também dizem que os simuladores de manipulação precisam ser mais rápidos e realistas. Já para as outras áreas complementares é preciso se preocupar com a personalização e a representação de tarefas e ainda com explorações contínuas para melhorar o nível de habilidade das máquinas.

Métodos de aprendizagem ativos, um hardware constantemente atualizado para facilitar tarefas de manuseio mais complicadas e um sistema capaz de dar respostas táteis em tempo real são fundamentais para que os robôs desenvolvam uma capacidade de manipulação de objetos parecida com a dos seres humanos.

“Os estudos ainda estão no começo, mas, se esses passos forem seguidos pelas próximas gerações, talvez seja possível vermos robôs limpando nossas mesas, arrumando a mesa do escritório ou até mesmo organizando armários inteiros em um futuro próximo", completa o pesquisador Jinda Cui.

Fonte: Science Robotics