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Cientistas criam tromba de elefante robótica feita de gelatina

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Reprodução: Flickr/dutchbaby
Reprodução: Flickr/dutchbaby

Robôs podem ser feitos de alumínio, aço, bronze, latão, ferro, plástico, madeira, entre diversos outros materiais, tudo depende da criatividade e das possibilidades para que ele seja funcional. Tentando ir muito além do tradicional, um grupo de cientistas australianos decidiram criar um robô comestível.

O projeto consiste em uma tromba de elefante robótica feita de um gel comestível e biodegradável, capaz de dobrar e agarrar objetos. Agora, os cientistas acreditam que a tecnologia pode ser aplicada em diversas áreas, como veterinária e brinquedos infantis, provocando um grande impacto positivo na indústria.

Martin Kaltenbrunner, um dos envolvidos do projeto na Universidade Johannes Kepler Linz, na Áustria, diz que a ideia surgiu com a questão: "podemos desenvolver um material que é, ao mesmo tempo, confiável para usar e que pode se degradar completamente se induzido?".

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A equipe, então, criou um gel com ingredientes que podem ser ingeridos sem perigo, como a gelatina, que é facilmente dissolvida no organismo. Além disso, foi usado ácido cítrico para evitar a proliferação de bactérias, e glicerol para suavizar o material e prevenir a desidratação.

Este biogel é seguro enquanto protegido, mas foi criado para ser consumido por bactérias que, geralmente, são encontradas em água residual, como em aterros, sendo então degradado nesses casos. Em boa conservação, como em testes de laboratório, o gel não secou e nem perdeu suas propriedades por um ano.

O robô criado com o biogel recria os movimentos da tromba de um elefante, sendo capaz de suportar mais de 330 mil ciclos de movimentos sem parar, secar ou rachar. A tromba-robô também conta com sensores para feedback e controle, além de um sensor de pressão para ativar o comando de pegar um objeto.

Por ser comestível, o biogel na veterinária pode ajudar na administração de medicamentos a animais, criando robôs disfarçados de caça ou alimento. No setor infantil, o seu uso seria aplicado em brinquedos seguros em casos de ingestão. No entanto, apenas os sensores e componentes não são comestíveis. Os pesquisadores não revelaram qual é o gosto do robô.

Fonte: New Scientist