Cão-robô com megafone alerta sobre avanço da covid-19 na China
Por Gustavo Minari | Editado por Douglas Ciriaco | 07 de Abril de 2022 às 14h59
Um cão-robô está vagando pelas ruas de Xangai, na China, com um megafone preso às costas, pedindo para que os moradores intensifiquem os cuidados sanitários por causa de mais um surto de covid-19 que a cidade vem enfrentando desde o início da pandemia.
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Um vídeo que viralizou na internet mostra o quadrúpede no distrito de Jiading, “latindo” para que os habitantes usem máscara, lavem as mãos com frequência, verifiquem a temperatura e mantenham o distanciamento social para evitar a proliferação do vírus.
Subvariante
Desde o final de março, as autoridades de Xangai decretaram um confinamento rigoroso na cidade por causa de um novo pico de covid-19 impulsionado pela subvariante BA.2 — que apresenta um grande número de mutações diferentes daquelas identificadas na cepa original da Omicron.
Segundo o jornal The Times, drones também estão sendo usados para impor um regime rigoroso de bloqueio contra a doença. Eles sobrevoam a cidade em busca de locais com aglomerações, dizendo às pessoas por meio de um alto-falante, que voltem imediatamente para suas casas ou serão punidos conforme a lei.
Além disso, na maior parte dos bairros de Xangai, moradores foram orientados a não deixarem suas casas nem mesmo para tirar o lixo. Todos os cidadãos também receberam uma ordem explícita para fazerem mais dois testes de diagnóstico do vírus.
Número de casos
Com os casos aumentando constantemente, o governo de Xangai introduziu um novo bloqueio de dois estágios para conter a propagação da epidemia, adotando o modelo “zero covid” instituído por Pequim. A ideia é conter o avanço da doença para que a cidade possa voltar à normalidade o mais breve possível.
Na primeira semana de abril, Xangai já havia registrado quase oito mil casos assintomáticos transmitidos localmente e mais de 500 casos de pessoas com sintomas leves de covid-19, representando 62% do total de notificações computadas em todo o país.
A ideia das autoridades é usar drones e cães robotizados para conscientizar a população sobre os riscos de uma nova explosão de casos, mesmo que estes, aparentemente, sejam menos graves do que aqueles registrados no começo da pandemia, em dezembro de 2019.
Fonte: The Times