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Cão-robô armado com rifle parece coisa da ficção, mas já existe no mundo real

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 14 de Outubro de 2021 às 10h18

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Reprodução/Ghost Robotics
Reprodução/Ghost Robotics

Lembra do episódio "Metalhead" da série Black Mirror, com aqueles cães-robôs caçando os humanos sobreviventes em um futuro distópico? Parece que a ficção está começando a virar realidade. Uma imagem compartilhada no Twitter pelo fabricante de robôs militares Ghost Robotics é, no mínimo, perturbadora.

No post publicado recentemente é possível ver um cão-robô quadrúpede com um rifle automático — usado por franco-atiradores — amarrado nas costas com a seguinte legenda: “Mantendo nossas equipes de operações especiais armadas com a mais recente inovação em letalidade”.

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A inovação, no caso, é chamada Rifle de Uso Especial Não Tripulado (SPUR, na sigla em inglês). O sistema conta com uma arma Creedmoor de 6,6 milímetros de alta precisão, utilizada por atiradores de elite no campo de batalha para atingir alvos móveis e estáticos em longas distâncias.

SPUR

O cão robótico fez sua estreia no salão de exposições da convenção anual da Associação do Exército dos EUA, realizada no país norte-americano. A “atração” foi apresentada como o primeiro sistema não tripulado equipado com uma arma letal de longo alcance.

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Segundo a Ghost Robotics, o SPUR pode ser instruído remotamente por um operador humano para limpar o cano, carregar a munição e proteger a arma. O rifle já vem equipado com um silenciador instalado na parte frontal, fazendo com que os oponentes tenham dificuldade para determinar de onde o tiro partiu.

“Nosso cão-robô é capaz de disparar com precisão a uma distância de até 1.200 metros. Este sistema não tripulado também apresenta capacidades de estabilização impressionantes como resultado de seu design quadrúpede e dos vários sensores integrados que ajudam na mobilidade”, afirma o CEO da Ghost Robotics Jiren Parikh.

Inteligência artificial

Até agora, a Ghost Robotics não entrou em detalhes sobre o cérebro cibernético que equipa o SPUR, nem sobre o nível de autonomia que o cão-robô possui em situações de tomada de decisão. Tudo que se sabe é que ele opera com um sistema de inteligência artificial (IA) capaz de identificar possíveis ameaças.

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A empresa não deixa claro se o robô vai apenas detectar e travar potenciais inimigos, enquanto espera o comando de um operador humano para começar a atirar, ou se a máquina terá capacidade para efetuar os disparos sem a necessidade da aprovação de um controlador.

Seja qual for a resposta, a simples imagem de um robô armado levanta sérias questões éticas sobre o papel das máquinas usadas por forças de segurança. Um comentário no post da Ghost Robotics mostra que a preocupação é real: “Isso é triste. Em que mundo isso é uma boa ideia?

Fonte: Futurism