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Facebook fecha o 4º trimestre de 2019 em alta de 25% e receita de US$ 21,08 bi

Por| 29 de Janeiro de 2020 às 23h20

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A exemplo do que aconteceu com os relatórios financeiros recentes da Apple e da Microsoft, o Facebook superou as estimativas dos analistas de Wall Street e fechou o quarto trimestre de 2019 com receita de 21,08 bilhões, uma alta de 25% na relação ano a ano — a projeção dos analistas era de US$ 20,87 bilhões. Com isso, o EPS, que representa os ganhos por cota de ações e serve como referência de rentabilidade no mercado, chegou a US$ 2,56 por ação.

A rede social contabiliza o Q4 2019 com 2,5 bilhões de usuários mensais e 1,66 bilhão de contas ativas diárias — o total representa 2% a mais que o Q3 2019. Embora sejam boas notícias, o lucro líquido foi de “apenas” US$ 7,3 bilhões, um crescimento de somente 7%. O “apenas” é usado aqui porque em 2018, o fechamento nesse índice foi de +61%. As ações na Bolsa de Valores Nasdaq caíram 7% antes do anúncios dos resultados e fecharam esta quarta-feira (29) em alta de 2,5%, cotadas a US$ 223,23.

Entre as razões pela queda nas margens operacionais está o aumento de 26% no quadro de funcionários, que agora chega a quase 45 mil empregados — dos quais 1 mil foram contratados somente para lidar com privacidade de dados.

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O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, havia alertado anteriormente que abordar discursos de ódio, interferência nas eleições e outros problemas de moderação e segurança de conteúdo seria caro. Além disso, o CFO David Wehner confirma que a empresa concordou em pagar US$ 550 milhões em um acordo por sua violação da Lei de Privacidade de Informações Biométricas de Illinois — bem abaixo das multas que poderiam resultar em algo perto de US$ 35 bilhões.

Zuckerberg promete manter o Facebook mais seguro

Embora os quatro principais apps do Facebook (Facebook, Facebook Messenger, Instagram e WhatsApp) estejam entre os mais baixados de todo o mundo mensalmente, Zuckerberg e a diretoria sabem que a companhia começou a pagar pelos anos de descuido nas frentes de segurança e privacidade. Por isso, ele mesmo adiantou, durante a apresentação dos resultados financeiros, que o crescimento nos próximos meses está atrelado à otimização desses setores.

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Aplicações recentes, como o Dating e o Secret Crush, estariam evoluindo para se tornarem rentáveis. Além disso, enquanto o projeto da criptomoeda Libra segue emperrado pela debandada de parceiros e pelas restrições legais para sua execução, a companhia deve oferecer em breve a plataforma de pagamentos WhatsApp Pay, e o braço de realidade aumentada e virtual do Oculus deve ganhar mais atenção. Aliás, os setores de hardware (com o smart display Portal TV) e de games (com a aquisição do estúdio Playgiga) podem ter mais relevância na temporada.

Certo é que uma das maiores preocupações quanto às receitas dos próximos trimestres é equilibrar e lidar com multas e outras limitações impostas pela Lei Geral de Proteção de Dados (GDPR, na sigla em inglês) e com os recorrentes casos de brechas de segurança e privacidade, além de abuso no uso das informações dos usuários.

Fonte: Facebook, TechCrunch