Twitter dispensa milhares de trabalhadores sem aviso prévio
Por Giovana Pignati | Editado por Claudio Yuge | 14 de Novembro de 2022 às 18h27
Neste sábado (12), o Twitter realizou a demissão em massa de contractors, modalidade de trabalho independente similar ao "PJ" do Brasil, afetando entre 4.400 e 5.500 trabalhadores. Outros relatos recebidos pela Axios e CNBC confirmam que a maioria dos contratados não receberam nenhum tipo de aviso prévio e que só descobriram o desligamento quando perderam acesso ao e-mail da companhia e as plataformas de comunicação internas.
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Conforme anunciado pela Platformer, os cortes realizados no sábado à noite incluem tanto os funcionários baseados nos Estados Unidos quanto os espalhados ao redor do mundo, dos setores de engenharia, moderação de conteúdo, imobiliária, marketing, entre outros. Desde a aquisição da empresa pelo bilionário Elon Musk, o Twitter enfrentou demissões em massa, extinção do conselho administrativo e corte de 15% da equipe de segurança.
Segundo um e-mail interno visto pelo site Insider, que foi enviado somente depois que os funcionários descobriram a perda dos acessos da empresa, o Twitter explica que os cortes de pessoal são parte do "exercício de repriorização e poupança" da empresa. A mensagem eletrônica ainda avisa que o seu último dia de trabalho é esta segunda-feira (14), mas que não é esperado que eles façam nada.
O Twitter não respondeu ao pedido de comentário feito pelo site The Verge. A empresa não possui mais uma equipe de comunicação.
Fim do home-office pode ocasionar mais demissões
Após a onda de demissões em massa e executivos solicitando o desligamento da empresa, é possível que o Twitter ainda perca mais funcionários, devido a sua nova política de trabalho presencial. O site The Verge teve acesso à transcrição de uma sessão de perguntas e respostas entre Musk e os funcionários da empresa, em que o bilionário deixou claro que os empregados devem voltar a trabalhar no escritório.
Elon, que já se posicionou contra o home-office anteriormente, disse durante a conversa que o funcionário que puder aparecer no escritório e escolher não aparecer, terá seu comportamento interpretado como pedido de demissão. Ele ressalta que apenas "pessoas excepcionais" poderão trabalhar remotamente.
Fonte: The Verge