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Twitter muda regras para combater fake news e manipulação política

Por| 02 de Outubro de 2018 às 10h09

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Twitter muda regras para combater fake news e manipulação política
Twitter muda regras para combater fake news e manipulação política
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O Twitter anunciou nesta segunda-feira (1º) um conjunto de regras mais rígidas para conter a disseminação de fake news e manipulação política na rede social. De acordo com a empresa, a ideia é ampliar um trabalho que já vinha sendo realizado, mas era considerado conservador demais por algumas pessoas e não vinha tendo um reflexo tão profundo quanto seus responsáveis gostariam. O grande foco são as eleições americanas, marcadas para novembro deste ano.

Uma das principais alterações nas normas tem a ver com o que, exatamente, será considerado como uma conta falsa. Se antes a companhia trabalhava nesse sentido apenas de olho na disseminação de links, mensagens repetitivas ou promessas mirabolantes, agora o Twitter passa a observar o tipo de postagem em si, de acordo com uma série de padrões de manipulação política, além da utilização de bios copiadas de outros perfis, imagens falsas ou retiradas de bancos de imagens e informações inconsistentes entre a localidade apontada na conta e o local de realização dos posts.

A empresa também está proibindo a publicação de materiais que sejam frutos de invasão de contas ou obtidos de qualquer maneira ilegal, além de perfis relacionados a esse tipo de prática ou que ameacem outros usuários com esse tipo de comprometimento. Matérias jornalísticas e a postagem de comentários sobre temas desse tipo, entretanto, continuam liberadas.

O Twitter também diz ter incrementado seu algoritmo de moderação para perceber quando uma conta pertence a um grupo ou entidade. Caso uma delas seja responsável pela violação das regras, é possível que as outras também sejam banidas, de acordo com o grau do ocorrido, numa medida para desmantelar mais rapidamente redes baseadas na disseminação de fake news ou que usem as redes sociais para estremecer o debate político.

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A rede social afirma que a criação de regras mais rígidas é fruto de um retorno positivo sobre as atuais e, mais do que isso, parte de um esforço generalizado para tornar o Twitter um ambiente mais sadio. Medidas contra o discurso de ódio, bullying, preconceito e ameaças de violência também foram tomadas pela empresa ao longo dos últimos meses,

Entre os resultados positivos das políticas que já estão em vigor, o Twitter cita a remoção de mais de 50 contas que se passavam por membros do partido Republicano americano, além de outros que pareciam pertencer a comitês e organizações de imprensa. Além disso, outras 770 contas foram bloqueadas por fazerem parte de uma grande operação com ligações ao governo do Irã e intenção de manipular o andamento das eleições dos Estados Unidos.

Além disso, mais de nove milhões de contas são colocadas “sob suspeita” pelos algoritmos do Twitter a cada semana, seguindo para verificação humana ou, então, análise por outros sistemas automatizados ou de cruzamento de informações. Com isso, a empresa viu uma queda no número de denúncias por spam, de 17 mil por dia em maio para 16 mil em setembro.

Além disso, outras medidas de segurança incluem um processo mais rígido de registro para utilização de APIs por desenvolvedores, com o intuito de proibir apps maliciosos ou de baixa qualidade, e trabalhos com organizações não-governamentais e oficiais, que podem indicar o que mais pode ser feito para coibir as atuações de indivíduos maliciosos na plataforma.

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Esse trabalho também envolve um incentivo maior à segurança de cada candidato. Ao falar com partidos e comitês, por exemplo, o Twitter incentiva os envolvidos na disputa pelo Congresso e Senado dos EUA a habilitarem a autenticação em duas etapas para suas contas e usarem senhas seguras, além de outros protocolos, de forma a evitarem invasões e o comprometimento de perfis e informações pessoais.

Fonte: Twitter