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Twitter lança área dedicada às eleições e amplia curadoria de conteúdo

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 20 de Julho de 2022 às 11h33

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Bruno Salutes/Adobe Stock
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O Twitter lança nesta quarta-feira (20) um espaço dedicado exclusivamente às Eleições 2022, marcadas para acontecerem em outubro. A área vai reunir notícias, dados, transmissões ao vivo e listas de perfis relevantes, tanto durante a campanha política quanto após as votações, disponibilizando também resultados e a repercussão das escolhas feitas pelos brasileiros nas urnas.

O espaço vai reunir tanto informações sobre a esfera nacional, sobre as eleições para a presidência, Câmara e Senado, quanto notícias e dados sobre os pleitos estaduais. Mais do que isso, a ideia do Twitter é aumentar os esforços de curadoria de conteúdo durante as eleições de 2022, de forma a entregar mais conteúdo de qualidade, informações verificadas e evitar a ação de atores mal-intencionados durante a campanha e as votações.

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O esforço também acompanhou a divulgação de dados que indicam o Twitter como uma peça central do debate público sobre política na internet. Segundo a plataforma, as eleições brasileiras de 2022 já são o segundo pleito mais comentado do mundo, atrás apenas da Colômbia, onde os cidadãos já foram às urnas. Vale lembrar que, por aqui, a campanha mal começou, o que indica que o nosso país deve tomar o primeiro lugar bem em breve.

Entre janeiro e junho deste ano, foram mais de 44 milhões de publicações sobre política na rede social, enquanto as chamadas conversas contextualizadas, reunidas em listas, acompanhando identificações de verificação, falsidade ou outros dados, têm cerca de 9,9 milhões de acessos por dia. “É importante para nós que conteúdo curado e aprofundado seja encontrado na plataforma, já que esses dados são indicativos de que o Twitter fortalece o debate e gera confiança nos usuários”, completa Leandro Mota, líder do time de curadoria para a empresa na América Latina.

Os Moments, aponta o executivo, são um dos principais pilares dessa estratégia. A reunião de tweets relevantes, contas reconhecidas e informação de qualidade, feita por times humanos e também por algoritmos de inteligência artificial, são responsáveis por outros números de confiabilidade apresentados pela empresa a jornalistas. Segundo a rede social, 60% dos usuários acreditam que o recurso facilita o entendimento de notícias, enquanto números iguais pensam na plataforma como um espaço de discussões com relevância e diversidade de opiniões.

Parcerias e moderação acompanham trabalho nas Eleições 2022

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A partir de agosto, o Twitter inicia também uma série de iniciativas conjuntas que visam ampliar a qualidade do debate na rede social. A ONG Politize, por exemplo, vai lançar um bot que responderá dúvidas e indicará fontes de informações de qualidade, enquanto a plataforma também ampliará seu apoio a agências de checagem e lançará uma iniciativa educacional própria, com emojis e foco na divulgação de informações relevantes.

Segundo Daniele Kleiner, líder de políticas públicas do Twitter, esse é um trabalho contínuo que inclui, também, uma aliança com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ativa desde outubro do ano passado. Até agora, a plataforma já emitiu alertas sobre transferência e regularização de títulos e pesquisas sobre a segurança das urnas eletrônicas, um assunto sempre em voga na medida em que as votações se aproximam.

Segundo a executiva, a moderação humana e automática também acompanha esse trabalho, de forma a impedir a proliferação de contas falsas que visem poluir o discurso ou amplificar artificialmente mensagens de candidatos, partidos e organizações políticas. Nem sempre, entretanto, os conteúdos são removidos do ar, apenas, com Kleiner afirmando que o trabalho do Twitter olha além dessa possibilidade.

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De acordo com Kleiner, tal abordagem também impede o mau uso de ferramentas de denúncia e redução de relevância do conteúdo em ataques políticos. Segundo ela, mesmo denúncias em massa são consideradas desta maneira, com contas e publicações sendo removidas somente quando as normas da plataforma efetivamente foram infringidas.

“Entendemos que existe uma oportunidade educacional, então nossas políticas vão além de apenas manter ou não uma publicação”, explica ela. “Com exceção de spam, não usamos apenas sistemas automatizados [na moderação de conteúdos políticos], precisamos de um olhar humano para verificar se as regras foram corretamente aplicadas.”