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Trump ameaça redes sociais depois de ter postagens classificadas como fake news

Por| 27 de Maio de 2020 às 15h20

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Donald Trump

Nesta quarta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou regular ou fechar as empresas de social media, sob acusação de "abafar as vozes conservadoras". Isso ocorre um dia depois do Twitter classificar dois de seus tweets como "potencialmente enganosos", o que levou os seguidores do mandatário norte-americano a verificar suas alegações.

Sem oferecer evidências, Trump novamente acusou redes sociais de serem enviesadas politicamente. Em seu perfil no Twitter, ele afirmou: “Os republicanos acham que as plataformas de mídia social silenciam totalmente as vozes conservadoras. Vamos regular fortemente, ou fechá-los, antes que possamos permitir que isso aconteça". Trump é um heavy user do Twitter e conta com mais de 80 milhões de seguidores mundo afora.

A manifestação de Trump repercutiu até mesmo na bolsa. As ações do Twitter e Facebook na Nasdaq sofreram pequena queda nesta quarta-feira(27).

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Twitter e Facebook não quiseram comentar os tweets de Trump.

De olho em fake news

No início de maio, o Twitter informou que começaria a rotular mensagens falsas na plataforma. Essa é a primeira vez que a plataforma adiciona rótulos de verificação de fatos nos tweets de Trump. Isso aconteceu depois que ele fez alegações sem fundamento na terça-feira (26), sobre o sistema de votação por correio.O Twitter anexou um alerta com um ponto de exclamação azul em seus tweets para alertar que suas alegações eram falsas e haviam sido desmascaradas por verificadores de fatos.

No entanto, desde dia 11, a rede social apresentou falhas relacionadas a este mecanismo. Usuários começaram a notar que o sistema de identificação da rede social rotulava matérias que não continham informações falsas sobre a COVID-19, incluindo links de sites como Reuters, BBC, Wired e Voice of America. Depois disso, o Twitter informou que a plataforma estava contando com checadores de fatos para refinar este sistema.

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Em alguns posts na manhã desta quarta-feira, o presidente republicano voltou a criticar o sistema de votação por correio. E em um terceiro tweet, ele ameaçou uma "grande ação" contra o Twitter.

Sob artilharia pesada

Nos últimos anos, as chamadas Big Techs, que reúne as maiores empresas de tecnologia, foram acusadas de práticas anticompetitivas e de violação da privacidade do usuário. Apple, Google, Facebook e Amazon estão enfrentando sondagens antitruste pelo Departamento de Justiça dos EUA, Comissão Federal de Comércio, procuradores gerais de diversos estados e um painel do congresso nos EUA.

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Jon Berroya, presidente interino da Internet Association, disse em comunicado que as plataformas online não têm um viés político e oferecem "a mais pessoas a chance de serem ouvidas do que em qualquer ponto da história". A entidade conta com Twitter, Facebook e Google entre seus membros.

O grupo de políticas da Fundação para a Tecnologia da Informação e Inovação (ITIF) disse que "o presidente está errado sobre as mídias sociais" e as plataformas de tecnologia estão se intensificando para combater a desinformação online.

Mas Trump pode "mandar fechar" as redes sociais?

Esse é um cenário nebuloso, já que não está claro se Trump teria esse nível de autoridade junto às empresas que administram esse tipo de plataforma. Questionada sobre que ação Trump tomaria contra as redes sociais, como o Twitter, a assessora da Casa Branca, Kellyanne Conway, disse a repórteres nesta quarta-feira: "Vamos ver o que acontece".

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Os legisladores republicanos e democratas, juntamente com o Departamento de Justiça, têm considerado as alterações propostas à Seção 230 da Lei de Decência das Comunicações, uma lei federal que isenta amplamente as plataformas online da responsabilidade legal pelo material que seus usuários publicam. Tais mudanças podem expor as empresas de tecnologia a mais ações judiciais ou aumentar significativamente seus custos.

A Casa Branca está considerando a criação de um painel para analisar as queixas de preconceito anti-conservador nas mídias sociais, de acordo com reportagens recentes.

Fonte: Reuters