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Samsung é acusada de pré-instalar Facebook em smartphones, mas não é bem assim

Por| 09 de Janeiro de 2019 às 14h55

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Samsung é acusada de pré-instalar Facebook em smartphones, mas não é bem assim
Samsung é acusada de pré-instalar Facebook em smartphones, mas não é bem assim
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Uma matéria da agência Bloomberg diz que a Samsung estaria pré-instalando o aplicativo do Facebook em alguns de seus smartphones. Mais além, a agência ainda acusa a fabricante de impedir que usuários sejam capazes de desinstalá-lo por completo, com o usuário apenas conseguindo "desabilitar" o app da rede social.

A reportagem da agência se baseou em um relato de um fotógrafo que, por meio de sua conta no Twitter, alegou tais incapacidades e acusou a Samsung e o Facebook de, por causa da impossibilidade de desinstalação, ainda manter capacidades de rastreamento de informações do usuário.

Entretanto, as informações não são precisas, e a pesquisadora e especialista em segurança e desenvolvimento Jane Manchun Wong esclareceu que as questões levantadas, neste caso, são improcedentes: a Samsung não pré-instala o app em seus smartphones. O que ela disponibiliza em alguns modelos é o gerenciador de download da empresa dona do app que, uma vez aberto, pedirá que o usuário o atualize e só então instale o app em si. A isso, dá-se o nome de “stub” (“ponta”, em uma tradução livre). Veja a thread abaixo:

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Basicamente, o stub deve ser entendido como um atalho à página de download do app em si. Wong esclareceu, em sua conta no Twitter, que o stub não coleta nem armazena nenhuma informação. É um ícone dormente, e, por isso, não há riscos de privacidade quanto à sua presença. O Facebook veio a público pouco depois para confirmar: o comportamento do stub é o mesmo de um app que foi deletado, sem coleta, rastreio de informações ou qualquer outra função que não prontificar o usuário a baixar o app completo.

O Facebook vem enfrentando, pelos últimos dois anos, grandes batalhas por causa de questões de privacidade e coleta de informações conduzidas pela empresa. Ao final de 2017, o escândalo com a firma de análise Cambridge Analytica expôs a coleta indevida de informações por parte de apps de terceiros que se conectem aos perfis dos usuários. Meses depois, a Cambridge Analytica viria a fechar as portas. O CEO e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, vem desde então encarando sessões de interrogatório em comitês formados pelo Senado e Congresso estadunidense e também pelo governo britânico, para esclarecer essa "bomba" que explodiu no ano passado.

Fonte: Bloomberg; The Next Web