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Proibição de redes sociais levará jovens “a um caminho obscuro”, diz TikTok

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Ketut Subiyanto/Pexels
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A proibição do uso de redes sociais para jovens abaixo dos 16 anos na Austrália tem gerado discussões entre as grandes empresas do setor. Por meio de porta-voz, o TikTok afirmou que as novas regras poderão levar pessoas para “caminhos obscuros”.

A argumentação da rede social de vídeos rápidos afirma que usuários poderão ser redirecionados para locais online onde “não existem diretrizes de comunidade, ferramentas de segurança ou proteções”.

Já a Meta, responsável pelo Facebook e Instagram, apontou que a lei teria sido feita “com pressa”:

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“Estamos preocupados com o processo, que apressou a legislação e falhou em considerar a prova do que a indústria já faz para garantir experiências apropriadas com base na idade, além da voz das pessoas jovens.”

Por sua vez, uma declaração do Snapchat apontou que a companhia tem “sérias preocupações” com a lei, já que ela deixaria muitas questões sem respostas. Contudo, a empresa afirmou que pode trabalhar com o governo local para desenvolver uma abordagem capaz de garantir privacidade, segurança e praticidade.

Especialistas apontam que, de fato, a legislação não diz exatamente como as novas regras serão impostas à população da Austrália. É o que afirma Sunita Bise, diretora da organização de indústria digital DIGI:

“Temos a lei, mas falta direcionamento do governo australiano em relação a quais são os métodos que um conjunto inteiro de serviços deverá adotar.”

Medidas de teste serão realizadas a partir de janeiro, com previsão para implementação completa um ano depois.

Entenda a lei que restringe redes sociais na Austrália

Aprovada por parlamentares australianos na última quinta-feira, a lei proíbe que pessoas menores de 16 anos usem as redes sociais. No entanto, não há punições previstas para usuários existentes ou aqueles com autorização dos pais.

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Por outro lado, as plataformas terão que pagar multas de até 49,5 milhões de dólares australianos (cerca de R$ 192 milhões em conversão direta) caso não consigam manter pessoas menores de 16 anos fora de suas plataformas.

Entre as redes sociais inclusas na lei estão o TikTok, Facebook, Snapchat, Reddit, X (antigo Twitter) e Instagram, entre outras.

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, destacou que os jovens “devem estar longe de seus celulares, e sim em campos de futebol ou piscinas”. Ele também disse que a lei “trará mais benefícios e menos prejuízos para os jovens”, além de servir como “uma mensagem para os pais: estamos com vocês”.

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Contudo, o projeto também gerou reações negativas. É o caso da senadora Sarah Hanson-Young, que considerou a lei como “boomers tentando dizer aos jovens como a internet deve funcionar”.

A restrição das redes sociais para jovens também tem sido sondada em outros países. Exemplos incluem a Espanha, que pode subir a idade mínima para uso de 14 para 16 anos, enquanto a França pretende definir o limite em 15 anos.

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