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Hashtags completam dez anos de criação

Por| 23 de Agosto de 2017 às 11h15

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Hashtags completam dez anos de criação
Hashtags completam dez anos de criação

No dia 23 de agosto de 2007, às 16h25, nasciam as hashtags. As palavras-chave transformadas em links apareceram pela primeira vez no perfil de Chris Messina, um evangelista digital que trabalha em prol de tecnologias de código aberto. Foi ele que, na data, sugeriu o uso do símbolo # à frente de uma palavra, como forma de indicar que aquela seria uma conversa em grupo.

Era uma época ainda inicial para o Twitter, que não tinha muitos dos recursos de hoje. Acrescentar diversos usuários em uma conversa ocupava caracteres preciosos para o texto. Foi justamente por isso que Messina pensou nas hashtags como uma maneira de organizar as coisas, transformando os links em atalhos para conteúdo e, sem saber, na época, mudando a cara da internet.

how do you feel about using # (pound) for groups. As in #barcamp [msg]? — ⌗ChrisMessina (@chrismessina) 23 de agosto de 2007

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Nascidas no Twitter, as hashtags tomaram a internet e, hoje, estão presentes em praticamente todas as redes sociais e serviços online. Elas também ganharam o mundo “real”, aparecendo na tela da TV, de forma que um espectador possa se unir à conversa sobre o programa que está sendo exibido, e em propagandas impressas, permitindo que um potencial cliente encontre rapidamente as informações que precisa sobre um determinado serviço.

Além disso, o uso dos termos se tornou uma boa forma de ativismo. Durante os protestos no Irã em 2009, elas foram usadas como a principal forma de comunicação entre ativistas no país e fora dele, como maneira de romper as barreiras da língua. No Brasil, a hashtag #meuamigosecreto foi usada por mulheres para expor situações de abuso e violência. E esses são apenas dois exemplos, de milhões que poderiam ser citados.

O que chama a atenção no caso das hashtags é sua democracia. Ao contrário de novas funcionalidades, que costumam chegar primeiro a usuários selecionados ou empresas, qualquer pessoa é capaz de criar um tópico de interesse, seja para contar histórias, fazer uma denúncia ou qualquer outro fim. E só depende da base de utilizadores para que ela decole e se torne viral.

Messina conta que se inspirou nos velhos tempos do IRC para criar a hashtag, que na época nem era chamada assim – o termo surgiu apenas alguns meses depois, em um artigo do linguista Ben Zimmer. No sistema de bate-papo, grupos e tópicos de assunto eram precedidos pelo símbolo #, e sua ideia era apenas importar esse caractere também para o Twitter. A rede social não aderiu a isso de início.

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Entretanto, o uso das hashtags como marcação de assunto começou a crescer durante eventos de grande magnitude ainda em 2007, como no grande incêndio florestal que aconteceu no estado americano da Califórnia. Rapidamente, a ideia ganhou caráter social, se tornando um repositório de informação, o que levou o Twitter a transformar qualquer palavra que começasse com um # em link, uma mudança que chegou apenas em 2009. Bastava, então, um clique para acessar todas as mensagens sobre aquele assunto.

Em 2010, chegaram os Trending Topics, outro mecanismo de organização de conteúdo que indica os assuntos mais comentados do momento. O sistema usava as hashtags como métrica, em outra medida que também foi adotada por outros serviços. Hoje, as palavras-chave e listas de tópicos mais relevantes são lugar comum em redes como o Facebook, Tumblr e LinkedIn, apenas para citar alguns.

Fonte: The Next Web