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Funcionários do TikTok nos EUA querem processar governo para garantir o emprego

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Nitish Gupta/Pixabay
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O provável bloqueio do TikTok nos Estados Unidos não ameaça apenas o uso do aplicativo no país, como também o emprego de milhares de funcionários da ByteDance na terra do Tio Sam. E um desses trabalhadores prepara uma resposta ao decreto assinado pelo presidente Donald Trump: com a ajuda de um escritório de advocacia, um gerente da empresa abriu uma vaquinha virtual para contestar na justiça a proibição do app no país.

O funcionário por trás do processo, Patrick Ryan, afirmou ao site TheHill que cerca de 1.500 empregos estão em jogo. Segundo Ryan, a ideia é "seguir o devido processo legal", sob o argumento de que não é função do presidente “permitir ou não [o funcionamento de] uma empresa por causa de caprichos”.

A resposta dos funcionários é independente do processo esperado pela ByteDance. Apesar de ainda não saberem em qual corte do país a ação será aberta, os advogados esperam um esclarecimento do governo norte-americano com relação à aplicação do decreto.

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Dúvidas no ar

A divulgação do bloqueio determinado pelo presidente dos Estados Unidos deixou no ar uma série de dúvidas com relação à linguagem usada no decreto. Apesar de aparentamente ser uma proibição do funcionamento de TikTok e WeChat nos Estados Unidos, o texto dá margem a uma restrição a qualquer transação com as empresas responsáveis pelos apps, ByteDance e Tencent, respectivamente.

Isso, por exemplo, poderia resultar na impossibilidade de TikTok e WeChat serem distribuídos pela loja de apps do iOS em qualquer país do mundo onde a Apple atua. Como não é possível legalmente instalar apps no iPhone por fora da App Store, tal interpretação pode signficar o banimento global desses serviços no sistema da Maçã.

Além disso, até mesmo o pagamento de salários devidos aos funcionários poderia ser interpretado como uma transação. “Nós não sabemos se é a intenção do governo impedir que eles sejam pagos”, questionou um advogado do escritório contratado por Ryan.

A popular rede social chinesa tem pouco mais de dois meses para encontrar um comprador estrangeiro, ou então correr o risco de ser bloqueada. Entre as empresas interessadas estariam a Microsoft, Twitter e Oracle.

Fonte: TheHill