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Facebook vai banir anúncios que dizem às pessoas para não votar

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O Facebook anunciou, por meio de um documento de auditoria divulgado em 30 de junho, que vai remover anúncios e publicações publicitárias que incentivem ou contextualizem uma orientação ao não comparecimento dos eleitores americanos às urnas de votação. O próximo pleito eleitoral no país é em novembro de 2019, onde serão eleitos governadores, prefeitos de algumas cidades, além de eleições para determinar cargos legislativos e outras incumbências públicas.

A política de banir conteúdo sobre “não voto” foi anunciada pela COO (Chief Operating Officer) do Facebook, Sheryl Sandberg. Ela disse que os termos práticos dessa política ainda estão em estado embrionário e que a empresa está consultando representantes legais e grupos de direitos humanos e liberdades civis para montar um esqueleto operacional que reforce essa ideia antes do mês de novembro.

A plataforma ainda disse que isso não afetará posts orgânicos dos usuários, ou seja, o material que você publica e compartilha normalmente, salvo por casos onde seja identificada uma tentativa de desinformação ou proliferação de informações falsas e/ou sem checagem. A política será inicialmente aplicada apenas nos Estados Unidos, com o Facebook ainda não confirmando se ou como pretende levar isso a outras nações.

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As eleições presidenciais de 2016, que elegeram Donald Trump à Casa Branca, foram alvo de ampla investigação pelas autoridades federais e de inteligência nacional dos Estados Unidos. Na ocasião, havia suspeitas de influência estrangeira no decorrer do pleito, sobretudo vindas da Rússia. O gabinete presidencial em Moscou, chefiado por Vladimir Putin, negou qualquer acusação.

“Nós nos concentramos nos anúncios porque neles existe um componente de direcionamento”, disse em comunicado o diretor de Políticas Públicas do Facebok, Neil Potts. “Reconhecemos isso como uma tática política, o que é bem mais alinhado com a supressão de eleitores”. Alguns anúncios do tipo, contendo incentivo ao boicote às eleições, foram especificamente direcionados e veiculados a populações afro-americanas, segundo Ian Vandewalker, conselheiro sênior do Centro de Justiça Brennan, filiado à Escola de Direito da Universidade de Nova York.

O Facebook também anunciou práticas de moderação voltadas ao combate à desinformação, especificamente referindo-se à interpretações “convenientes” de dados provenientes de censos, em especial o censo estadunidense de 2020, previsto para o começo do ano.

Vale lembrar que, além das eleições minoritárias de 2019, os Estados Unidos reacendem a corrida à Casa Branca e à Presidência da República em 2020.

Fonte: Reuters