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Facebook e Instagram deveriam liberar fotos com mamilos, recomenda comitê

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 19 de Janeiro de 2023 às 11h31

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Facebook e Instagram deveriam liberar fotos com mamilos, recomenda comitê
Facebook e Instagram deveriam liberar fotos com mamilos, recomenda comitê
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O Comitê de Supervisão da Meta recomendou ao Facebook e ao Instagram que passem a liberar fotos de mulheres com os seios de fora. A orientação é para não banir mais publicações que exibam mamilos femininos, porque isso fere os "padrões internacionais de direitos humanos".

Em decisão tomada no último dia 17 de janeiro, o órgão revisor da Meta, formado por acadêmicos, políticos e jornalistas, sugere que a empresa interrompa a restrição e estabeleça regras mais claras. Para chegar ao consenso, os membros do comitê analisaram duas postagens de uma conta de um casal transgênero e não binário dos EUA.

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As publicações mostravam o casal posando de topless, mas com os mamilos cobertos, e legendas falando sobre saúde. O post também tenta arrecadar dinheiro para a realização de cirurgia de remoção de mama para deixar o peito sem seios. O conteúdo foi sinalizado por usuários das plataformas, revisado e removidas pela IA de moderação.

Após a dupla apelar da decisão, a Meta restaurou as postagens por entender que não feria a regra. Segundo o comitê, a política atual é baseada em uma "visão binária de gênero e uma distinção entre corpos masculinos e femininos", o que torna o dispositivo pouco claro em relação à exposição de mamilos. Os homens podem tirar foto ou gravar vídeos sem camisa desde sempre, mas mulheres são censuradas.

Libertação dos mamilos

Muitas mães reclamam há anos que a restrição as impedem de registrar a amamentação, um lindo momento de conexão entre mãe e filho. Os seios descobertos esbarram na política de nudez e atividade sexual, embora não exista temática adulta no ato de alimentar uma criança.

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Há cerca de dez anos que as plataformas sociais da Meta são alvos de protestos. As atividades vão desde o uso da hashtag #freenipple, passando pelo posicionamento de celebridades e influenciadores digitais, até os chamados "mamaços", quando várias mulheres se reúnem para amamentar seus filhos de forma simultânea. Um artista chegou a criar adesivos simulando mamilos masculinos para que mulheres colocassem sobre os seios como forma de protesto.

“Estamos constantemente evoluindo nossas políticas para ajudar a tornar nossas plataformas mais seguras para todos”, ressaltou um porta-voz da Meta, em entrevista concedida ao site The Guardian. “Sabemos que mais pode ser feito para apoiar a comunidade LGBTQ+, e isso significa trabalhar com especialistas e organizações de defesa LGBTQ+ em uma série de questões e melhorias de produtos”, explicou.

A Meta tem 60 dias para responder publicamente às recomendações do comitê. Como o órgão é consultivo, não existe a obrigação de a empresa adotar as medidas sugeridas.