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Facebook e Instagram deveriam liberar fotos com mamilos, recomenda comitê

Por  • Editado por  Douglas Ciriaco  | 

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O Comitê de Supervisão da Meta recomendou ao Facebook e ao Instagram que passem a liberar fotos de mulheres com os seios de fora. A orientação é para não banir mais publicações que exibam mamilos femininos, porque isso fere os "padrões internacionais de direitos humanos".

Em decisão tomada no último dia 17 de janeiro, o órgão revisor da Meta, formado por acadêmicos, políticos e jornalistas, sugere que a empresa interrompa a restrição e estabeleça regras mais claras. Para chegar ao consenso, os membros do comitê analisaram duas postagens de uma conta de um casal transgênero e não binário dos EUA.

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As publicações mostravam o casal posando de topless, mas com os mamilos cobertos, e legendas falando sobre saúde. O post também tenta arrecadar dinheiro para a realização de cirurgia de remoção de mama para deixar o peito sem seios. O conteúdo foi sinalizado por usuários das plataformas, revisado e removidas pela IA de moderação.

Após a dupla apelar da decisão, a Meta restaurou as postagens por entender que não feria a regra. Segundo o comitê, a política atual é baseada em uma "visão binária de gênero e uma distinção entre corpos masculinos e femininos", o que torna o dispositivo pouco claro em relação à exposição de mamilos. Os homens podem tirar foto ou gravar vídeos sem camisa desde sempre, mas mulheres são censuradas.

Libertação dos mamilos

Muitas mães reclamam há anos que a restrição as impedem de registrar a amamentação, um lindo momento de conexão entre mãe e filho. Os seios descobertos esbarram na política de nudez e atividade sexual, embora não exista temática adulta no ato de alimentar uma criança.

Há cerca de dez anos que as plataformas sociais da Meta são alvos de protestos. As atividades vão desde o uso da hashtag #freenipple, passando pelo posicionamento de celebridades e influenciadores digitais, até os chamados "mamaços", quando várias mulheres se reúnem para amamentar seus filhos de forma simultânea. Um artista chegou a criar adesivos simulando mamilos masculinos para que mulheres colocassem sobre os seios como forma de protesto.

“Estamos constantemente evoluindo nossas políticas para ajudar a tornar nossas plataformas mais seguras para todos”, ressaltou um porta-voz da Meta, em entrevista concedida ao site The Guardian. “Sabemos que mais pode ser feito para apoiar a comunidade LGBTQ+, e isso significa trabalhar com especialistas e organizações de defesa LGBTQ+ em uma série de questões e melhorias de produtos”, explicou.

A Meta tem 60 dias para responder publicamente às recomendações do comitê. Como o órgão é consultivo, não existe a obrigação de a empresa adotar as medidas sugeridas.

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