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E-mail revela que o Facebook sabia desde 2014 que a Rússia roubava dados da rede

Por| 28 de Novembro de 2018 às 09h42

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2018 definitivamente não é o ano do Facebook. Um dos maiores receios da companhia finalmente aconteceu: foram revelados documentos que provam que a empresa sabia desde 2014 que a Rússia coletava dados privados dos usuários da plataforma e que nada foi feito quanto a isso.

Os documentos revelados são uma série de e-mails internos da companhia que foram classificados como sigilosos pelo Departamento de Justiça da Califórnia, pois fazem parte de uma ação em trânsito no estado, em que a rede social está sendo processada pela startup Six4Three.

Esses documentos foram obtidos por Damian Collins, membro do Parlamento britânico responsável por organizar uma audiência com representantes de sete países que aconteceu nesta terça-feira (27) em Londres. Na sessão, Richard Allan, vice-presidente de políticas do Facebook, foi questionado sobre os esforços da companhia para conter o compartilhamento de fake news. Ele se se recusou a responder às questões e a comentar sobre o conteúdo dos documentos. Neles havia um e-mail que provava a ciência da empresa em relação ao roubo de dados por autoridades russas desde 2014.

A revelação pode criar um efeito cascata que colocará ainda mais em cheque a credibilidade do Facebook. Ainda este ano, Mark Zuckerberg teve que depor para o Senado dos Estados Unidos sobre o uso da rede social pelos russos para influenciar as eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016. Na época, Zuckerberg alegou que a empresa desconhecia totalmente essa tática, mas a revelação do e-mail pelo Parlamento britânico coloca mais uma vez o CEO do Facebook como mentiroso.

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Desde o escândalo da Cambridge Analytica, as ações do Facebook têm perdido valor de mercado devido à percepção pública, que, independentemente dos esforços da companhia, veem a empresa como uma entidade não-transparente e que tem pouco apreço pela privacidade de seus usuários. E a revelação dos documentos nesta semana não ajuda em nada a mudar essa narrativa.

Fonte: The Verge