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Como conseguir mais likes no Instagram? Estudo usa IA para dar a resposta

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 20 de Janeiro de 2022 às 13h16

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Foto: Jakob Owens (Unsplash)
Foto: Jakob Owens (Unsplash)
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Pesquisadores de marketing digital identificaram um conjunto de características que fazem as pessoas curtirem fotos no Instagram. Os profissionais descobriram haver dois aspectos importantes das imagens aos quais as pessoas respondem: design e aspectos técnicos.

Esses dois conjuntos são analisados de forma imperceptível pelo cérebro humano, mesmo para quem jamais estudou design, fotografia ou comunicação. Nos aspectos técnicos, por exemplo, as pessoas tendem a analisar coisas como cor, brilho e enquadramento, enquanto na parte do design entram em campo aspectos como a pose, o plano de fundo, a composição e as pessoas que aparecem na foto.

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O estudo identificou seis medidas que podem ser usadas para avaliar os aspectos da complexidade da imagem:

  • Distribuição de cor;
  • Distribuição de luz e sombras;
  • Número de arestas, ou seja, de coisas destoantes;
  • Quantidade de objetos;
  • Regularidade dos elementos, determinada pelo fato de os objetos compartilharem uma orientação ou sobreposição; e
  • Quão simétrica é a disposição dos objetos.

A partir disso, os pesquisadores produziram um algoritmo para escanear imagens e gerar automaticamente pontuações que considerem os seis critérios predefinidos. Foram realizados experimentos de validação para garantir que o programa fosse consistente na avaliação, e que tudo estivesse alinhado à forma como os humanos percebem a complexidade das imagens.

Feito isso, partiu-se para a criação de um modelo complexo que determinasse quais os critérios estão mais intimamente associados à geração de likes no Instagram. O desafio aqui era considerar as chamadas "variáveis de confusão", ou seja, os aspectos externos que não estão necessariamente ligados às curtidas, mas podem influenciar a decisão, como o total de seguidores do perfil e a frequência de posts.

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Duas qualidades se destacaram

Para o estudo, os pesquisadores alimentaram o sistema com 147.963 imagens extraídas do Instagram com os respectivos dados relacionados ao modelo construído. “Descobrimos que todas as seis medidas são importantes, mas havia padrões específicos nos quais as imagens geravam o feedback mais positivo”, explica o coautor do trabalho e professor associado de marketing da North Carolina State University, William Rand.

Quando se trata de complexidade de recursos, os pesquisadores descobriram haver um ponto ideal. Os consumidores preferiram imagens com alguma diversidade de luz e cor, mas sem muitos exageros. Isso significa que fotos muito escuras eram rejeitadas quase na mesma proporção que fotos com muitas cores ou excessivamente claras.

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“Em termos práticos, descobrimos que você poderia melhorar o número de curtidas de qualquer imagem em cerca de 3% se aplicasse o filtro apropriado para resolver problemas relacionados aos aspectos técnicos”, diz Rand. Como a correção de cores com filtros leva alguns segundos, o pesquisador disse que deve ser algo pensado sempre no momento da publicação.

Otimizar os recursos técnicos e de design simultaneamente podem melhorar o envolvimento do consumidor em cerca de 19%. "Estamos cada vez mais próximos de determinar se as imagens incluídas nos posts de mídia social provavelmente atrairão o interesse dos consumidores. Mas muitas das variáveis ​​que afetam o interesse público tem muito pouco a ver com as imagens em si", detalha o pesquisador.

Força da marca e número de seguidores importam

Somente uma foto bonita não será suficiente para atrair a atenção. O estudo ressalta que a força da marca fora da rede social é um fator importante, assim como a quantidade de seguidores. Se você tem 500 mil pessoas seguindo um perfil, é provável ter um desempenho melhor do que quem tem 500 seguidores.

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Sob a ótica dos aspectos técnicos, Rand explica que as legendas das fotos também são importantes. Se a imagem for enigmática, por exemplo, uma chamada bem produzida pode atiçar a curiosidade do leitor para gerar o engajamento.

A divulgação do estudo pode nortear o trabalho de profissionais de design, fotógrafos e, principalmente, criadores de conteúdo. Os pesquisadores dizem que vão disponibilizar o código-fonte do modelo criado para que os interessados possam criar seus próprios softwares de avaliação.

O estudo "Simplicity is not key: Understanding firm-generated social media images and consumer liking" foi publicado no International Journal of Research in Marketing. Além de William Rand, também participaram os profissionais Gijs Overgoor, do Rochester Institute of Technology; Willemijn van Dolen, da Universidade de Amsterdã; e Masoud Mazloom, da Ferdowsi University of Mashhad.

Fonte: NC State University