Após banimento de páginas do MBL, deputado do RS cogita criar "CPI do Facebook"
Por Redação | 26 de Julho de 2018 às 12h57
A recente decisão do Facebook de retirar do ar diversas páginas e perfis que estariam associadas a casos de publicações de notícias falsas culminou na revolta daqueles que foram afetados pela ação, sobretudo o MBL e o Movimento Brasil 200. Agora, o caso começou a repercutir também no Congresso.
Conforme noticiou o site GaúchaZH, um vídeo publicado recentemente na internet mostra o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), que também atua como coordenador da Frente Parlamentar Mista Brasil 200, alegando que a remoção das páginas da rede social foi um ato "inaceitável" e que a decisão ameaça a democracia do país.
"Não posso admitir, em nome da democracia, que uma empresa selecione aquilo que queira permitir ser comunicado à sociedade. Isso é inaceitável. Estamos estudando a possibilidade de buscarmos assinaturas para a criação de uma CPI do Facebook", disse o deputado do Rio Grande do Sul.
Outra página afetada pela ação do Facebook foi a Movimento Brasil 200, que possui ligação com o empresário e político Flávio Rocha (PRB). Em reação à decisão da rede social, o antigo pré-candidato à presidência criticou a situação em sua própria página no Facebook: "Conclamo a bancada do Brasil 200 no Congresso Nacional a tomar posição sobre essa arbitrariedade. Nem no tempo da ditadura se verificava tamanho absurdo".
Em comunicado oficial, o Facebook explicou que as contas banidas faziam parte de uma rede coordenada que era utilizada para disseminar notícias falsas e conteúdos de “desinformação”.
Goergen comentou que irá organizar uma reunião com os deputados da Frente Parlamentar Brasil 200 para apurar melhor a situação.
Fonte: GaúchaZH