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Facebook tira do ar rede de páginas que promovia “desinformação”

Por| 25 de Julho de 2018 às 12h23

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Facebook tira do ar rede de páginas que promovia “desinformação”
Facebook tira do ar rede de páginas que promovia “desinformação”
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O Facebook baniu, na manhã desta quarta-feira (25), o que alegou ser uma grande rede de páginas e perfis voltados para a desinformação e publicação de fake news de cunho político. De acordo com os números da rede social, foram 196 páginas e 87 contas brasileiras banidas como parte dos esforços de conter a disseminação de fake news, “gerar divisão e espalhar desinformação”, com foco, principalmente, nas eleições de outubro deste ano.

Fontes ligadas à plataforma afirmaram à agência de notícias Reuters que a rede era de responsabilidade do Movimento Brasil Livre (MBL), grupo alinhado à direita que ganhou destaque, principalmente, durante os protestos de 2016, que levaram ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Juntas, as páginas retiradas do ar teriam mais de meio milhão de seguidores.

De acordo com a reportagem, o controle das páginas era compartilhado, de forma a disseminar informações como oriundas de diferentes veículos de comunicação independentes, aumentando seu alcance e dando a elas aparência de legitimidade. A remoção faz parte de um esforço global para evitar a manipulação política no Facebook, principalmente em países como o Brasil, que estão às vésperas de um novo pleito presidencial.

Ainda segundo a rede social, a remoção realizada nesta quarta foi resultado de uma “rigorosa investigação”, que localizou perfis considerados falsos ou enganosos, algo que vai contra suas políticas de autenticidade. Esse motivo, junto à disseminação de informações consideradas falsas pelas páginas administradas pelas contas, levou ao banimento aplicado agora.

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Esse trabalho teria ocorrido não apenas com a ajuda dos sistemas automatizados da rede social, mas também com o apoio de empresas externas de checagem de fatos. São elas, também, as principais aliadas da rede social no combate à disseminação de fake news não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, juntamente com ações que reduzem o alcance de páginas envolvidas com publicações dessa categoria.

O MBL negou utilizar redes ou contas fakes para a disseminação de notícias mentirosas. Em nota oficial, o movimento afirma que diversos de seus coordenadores tiveram contas banidas pelo Facebook, muitas delas existentes desde antes de sua criação e contendo informações reais como endereço, telefones e contatos familiares.

O grupo também confirmou o total de mais de meio milhão de seguidores nas páginas banidas, mas disse que os espaços não serviam para a disseminação de “fake news”, mas sim para denunciá-las. O objetivo, afirma o MBL, era a disseminação e divulgação de ideias liberais e conservadoras, o que faz com que a ação seja considerada “arbitrária, irônica, mas não surpreendente”, com o Facebook sendo acusado de agir sob um viés político e ideológico, que será contestado judicialmente para que as páginas sejam restabelecidas.

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Uma das páginas retiradas do ar foi a do Movimento Brasil 200, cujo presidente é o ex-CEO das Lojas Riachuelo, Flávio Rocha. Também em nota oficial, o grupo afirma que tinha mais de 390 mil seguidores e que o Facebook pode ter cometido um erro, sobre o qual já estão sendo contatados para normalização.

O movimento também nega a participação em uma rede de perfis falsos e fake news, pois conta com CNPJ, endereço e “responsáveis conhecidos”. O grupo foi criado com base no aniversário de 200 anos da independência de nosso país, a ser comemorado em 2022, e também conta com nomes como Alberto Saraiva (Habib’s), Edgard Corona (Smart Fit), Luciano Hang (Havan) e Roberto Justus, entre outros.

Entre as páginas retiradas do ar também estão as de diretórios regionais do MBL, como a de São José dos Campos, além de coordenadores como Thomaz Barbosa, Renato Battista e Eric Balbinus. O grupo afirma que muitos dos perfis banidos nem mesmo eram usados para publicação nas páginas retiradas do ar, mas estavam ligados a elas apenas para edição.

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Fonte: Reuters, Movimento Brasil Livre (Twitter)