Hulk confirma seu poder mais raro e encerra discussão antiga dos fãs
Por Claudio Yuge |

Hulk sempre foi um dos personagens mais imprevisíveis da Marvel Comics. Entre rompantes de fúria, força descomunal e resistência quase absoluta, o Gigante Esmeralda coleciona décadas de feitos que desafiam a lógica. E, em uma nova HQ, a editora trouxe de volta um poder tão raro que parecia mais lenda do que fato: a capacidade de resistir — e até destruir — magia. Isso encerra décadas de discussões entre os fãs que ainda tinha dúvidas a respeito.
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Atenção para spoilers de New Avengers #5!
Em New Avengers #5, lançado recentemente, os recém-criados Novos Vingadores recorrem ao Hulk para enfrentar o clone maligno de Reed Richards, o Mr. Ouroboros. Só que, como de costume, convencer o monstro não é tarefa simples. É aí que entra Clea Strange, ex-Feiticeira Suprema da Terra e atual soberana da Dimensão das Trevas — afinal, segundo os planos do grupo, se alguém poderia dobrar a mente de Bruce Banner, seria ela.
Só que não. Hulk simplesmente destrói o feitiço com os dentes, em uma das cenas mais simbólicas de toda sua trajetória. E não é a primeira vez que os roteiristas dão pistas dessa habilidade. O Gigante Esmeralda já tinha resistido ao feitiço de Doutor Estranho que apagou a identidade do Homem-Aranha da memória coletiva.
Também sobreviveu ao Olho do Kraken, em Mech Strike: Monster Hunters, e até percebeu seres viajando pela dimensão astral. Mas nunca ficou tão claro quanto agora. Se Clea, com todo seu poder místico, não consegue subjugar Hulk, a mensagem é direta: o personagem pode sim manifestar poderes anti-magia — algo que os fãs discutem há décadas.
Hulk, ciência e misticismo
Esse é mais um capítulo da expanção da mitologia da radiação gama que a Marvel tem realizado nos últimos anos, desde a fase Hulk Imortal. Não se trata mais apenas de ciência: há uma conotação quase mística, ligada ao One-Below-All, entidade cósmica que dá contornos sobrenaturais ao Gigante Esmeralda. Essa conexão abre espaço para que sua energia funcione como uma força híbrida, capaz de reagir até contra feitiços.
Isso se conecta ao conceito clássico da adaptação reativa: sempre que o Hulk enfrenta um obstáculo extremo, seu corpo encontra um caminho para superar. Foi assim em Incredible Hulk #77, lançado em 2005, quando seus pulmões se adaptaram para respirar embaixo d’água. Agora, essa lógica parece se estender ao universo mágico.
Se o Hulk realmente consolidar essa resistência, a Marvel terá dado ao personagem um novo patamar de ameaça. Afinal, se nem a magia consegue contê-lo, o que sobra? Essa imprevisibilidade é justamente o que torna o herói — ou anti-herói — tão fascinante.
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