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HQ do Motoqueiro Fantasma dialoga com os leitores de forma genial e macabra

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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Marvel Comics
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Aqui no Canaltech já falamos sobre Ghost Rider #1, primeira edição da nova série mensal do Motoqueiro Fantasma, um dos heróis sobrenaturais mais famosos da Marvel. Só que a revista vai bem além de só um interessante novo ponto de partida para a vida de Johnny Blaze.

A narrativa da edição trata Blaze como um personagem torturado pelo seu histórico como o Espirito da Vingança, mas ela também se destaca na parte artística, que, não podemos esquecer, é um dos mais importantes componentes dos quadrinhos, afinal, se trata de uma história também visual.

Ghost Rider #1 nos lembra disso de uma forma em que a todo momento o fato do cantinho dentro da Marvel dedicado ao Motoqueiro Fantasma é um dos mais sobrenaturais e até caóticos da editora. A revista alcança isso de um jeito simples: o plano de fundo dos quadros de toda edição são feitos de forma que podem estar contradizendo o que somos apresentados na narração de Blaze.

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No começo da edição as imagens e o ambiente só são apresentados de forma um pouco menos colorida que outras HQs da Marvel, mas com o passar das páginas, que acompanham Blaze descobrindo que talvez ele esteja em uma mentira, a arte vai se modificando para retratar mais macabro e violento, até culminar no protagonista percebendo que um quadro de um porco, na sala de sua terapeuta, virou uma sinistra pintura do animal sendo consumido por um lobo.

Esse jogo de desconforto e descobertas que acompanha a narrativa de Blaze junto da arte da edição cria um dos títulos recentes da Marvel mais artísticos, por assim dizer. Veja, quadrinhos utilizarem desenhos para contarem passagens mais modernas é um processo que já ocorre há anos, com um dos exemplos mais famosos sendo a metalinguagem do Homem Animal de Grant Morrison — uma obra inegavelmente mais nichada.

Ghost Rider #1, porém, é uma edição de um herói clássico da Marvel, um novo começo, e pode estar buscando um público mais amplo. Não temos como saber se as próximas edições terão momentos parecidos, mas não deixa de ser extremamente interessante ver que, pelo menos no primeiro número, uma narrativa mais fora do comum foi utilizada — e que, ao olhar de muitos, mostra somente um pequeno sopro do que essa mídia é capaz de apresentar.

Fonte: ScreenRant