Testamos o Projetor Hisense C2 Ultra que chegou recentemente ao Brasil
Por Bruno Bertonzin • Editado por Léo Müller |
A Hisense desembarcou oficialmente ao Brasil em 2024 e, de lá para cá, já lançou alguns modelos de TVs, ar-condicionados e outros aparelhos de linha branca. Agora, a marca chinesa também colocou os pés no mercado de projetores e apresentou o C2 Ultra.
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O modelo se destaca pelo visual elegante e pela promessa de alta qualidade, com suporte a Dolby Vision, resolução 4K, interface bem recheada e outras características bem interessantes.
O Canaltech testou o projetor e, nesse texto, contamos tudo sobre ele para te ajudar a entender se ele vale a pena ou não.
Prós
- Boa qualidade de exibição
- Áudio bem potente
- Brilho alto
- Correção de keystone e foco automáticos
Contras
- Correção automática do keystone apresenta falhas
Design e construção
O Hisense C2 Ultra não é um projetor com foco em portabilidade. Ao contrário disso, ele é um aparelho bem corpulento e pesado, e deixa claro que sua proposta é transformar a sua sala para entregar uma experiência de cinema com conforto. Assim, ele é ideal para deixar posicionado em um móvel e não mexer mais.
O visual é bem sofisticado e deixa claro o posicionamento premium que a marca quer para esse produto. Ele tem construção em plástico resistente, e a cor prata dá um tom mais elegante, com aparência de um material mais refinado.
A base giratória permite direcionar a projeção para os lados sem mover o aparelho. Por isso, o ideal é deixá-lo centralizado em um móvel para aproveitar melhor o alcance da imagem. Também dá para ajustar o ângulo na vertical, garantindo mais flexibilidade na hora de posicionar.
Ótimo brilho e qualidade de imagem
O Hisense C2 Ultra tem capacidade de projeção de 65 a 300 polegadas, então ele é um modelo voltado para quem realmente quer uma experiência de "cinema". É possível reduzir digitalmente o tamanho da projeção, mas o indicado é manter dentro dessa faixa.
Ele conta com brilho de 3000 lúmens, com projeção a laser. Então, ele consegue entregar uma ótima capacidade de projeção mesmo se não estiver tão escuro. Ainda assim, é importante que as luzes estejam apagadas e janelas fechadas para aproveitar o máximo do aparelho.
A resolução do C2 Ultra é Ultra HD (4K), e ele consegue alcançar bem esse nível de definição na "tela", e entrega imagens bem nítidas e com a riqueza de detalhes esperada para essa tecnologia.
Além disso, ele conta com suporte para conteúdos em Dolby Vision, HDR10+ e IMAX, então oferece um contraste ainda melhor em filmes e séries compatíveis com os formatos. Já a taxa de atualização é de 120 Hz, o que permite aproveitar jogos com mais fluidez.
A capacidade de projetar até 300 polegadas realmente faz diferença na experiência.Com as luzes apagadas, os 3000 lúmens entregam uma imagem bem nítida e brilhante. É o mais próximo de um cinema que você consegue ter em casa.
— Bruno Bertonzin
Sistema de som bem potente
Outro ponto forte do Hisense C2 Ultra é seu sistema de áudio, que dispensa a conexão de um dispositivo dedicado para som. Com assinatura da JBL e potência de 40 W, ele é bem competente, e tem um volume máximo bem alto.
Assim, você pode ligá-lo e já começar a usar, sem precisar conectar soundbar ou uma caixa de som Bluetooth. O áudio é comparável ao de TVs intermediárias.
Naturalmente, a qualidade sonora não é excelente. Mas se você não faz questão de um sistema tão refinado, o áudio nativo do projetor já dá conta na maioria dos cenários.
Sistema operacional completo e bem recheado
O projetor Hisense C2 Ultra conta com um sistema operacional próprio, o Vidda. Ele entrega uma interface bem limpa, intuititva e recheada de aplicativos.
Assim, é possível baixar os principais apps e serviços de streaming que usamos no Brasil, como Netflix, Prime Video, Disney Plus, Paramount Plus, HBO Max, Apple TV Plus, entre outros.
Dessa forma, ele se mostra um projetor bem "independente", sem a necessidade de conectar TV Box ou TV Stick em sua porta HDMI.
E, por falar em HDMI, ele conta com duas portas, que permitem o uso de dispositivos externos, como consoles ou até mesmo conversores de TV. Há, também, duas entradas USB disponíveis na traseira.
O que mais me impressionou no C2 Ultra foi a independência dele. Você liga e já tem tudo: imagem 4K, som potente e todos os apps de streaming instalados. Não precisa ficar conectando TV Box ou soundbar, basta ligar e usar.
— Bruno Bertonzin
Concorrente direto
Uma boa alternativa ao Hisense C2 Ultra é o Epson EpiqVision LS650. O modelo entrega uma experiência bem parecida, com brilho de 3600 lúmens e projeção de 41 a 120 polegadas.
Ao passo que seu brilho é maior, o modelo da Hisense se destaca pelo áudio mais encorpado: são 40 W do modelo chinês contra 10 W do coreano. Além disso, ele tem capacidade de projeção maior, de até 300 polegadas.
Quanto à faixa de preço, o Hisense C2 Ultra chegou ao Brasil por volta de R$ 19.000, enquanto o Epson é vendido por cerca de R$ 11.000.
Hisense Projetor C2 Ultra
Gabriel Furlan Batista/Canaltech
Vale a pena comprar o Hisense C2 Ultra?
Sim, vale a pena comprar o Hisense C2 Ultra, apesar do preço que pode assustar à primeira vista. O projetor oferece boa qualidade de imagem 4K com brilho de 3000 lúmens e som potente de 40 W com assinatura JBL, características interessantes para quem quer uma experiência de cinema em casa.
O modelo se destaca pela capacidade de projeção de até 300 polegadas, suporte a Dolby Vision e HDR10+, além de taxa de atualização de 120 Hz para jogos. O sistema Vidda também é completo, com os principais apps de streaming já instalados.
No entanto, o C2 Ultra faria mais sentido se o preço caísse para algo entre R$ 12 mil e R$ 15 mil, valor mais alinhado com o que a concorrência oferece. O Epson EpiqVision LS650, por exemplo, custa cerca de R$ 11 mil e oferece experiência similar, com brilho até maior.
Mesmo assim, se você tem o orçamento e quer um projetor que dispense outros equipamentos para som e streaming, o Hisense C2 Ultra é uma opção sólida no segmento premium.
A única ressalva fica por conta da correção automática de keystone, que apresenta algumas falhas, mas nada que comprometa a experiência geral do produto de forma significativa.
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