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Análise | Acer Nitro XV280K alia ótima imagem 4K com boa variedade de recursos

Por| 23 de Dezembro de 2020 às 11h58

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Sergio Oliveira/Canaltech
Sergio Oliveira/Canaltech
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Até pouco tempo atrás falar em um monitor 4K era um exagero. Afinal de contas, para que comprar um produto desses quando quase não havia suporte para programas nem muito menos jogos nessa resolução? Essa percepção tem mudado nos últimos anos, e mais recentemente ganhou ainda mais força com o lançamento da GeForce RTX 3080, da Radeon RX 6800 XT e do Xbox Series X e S e PlayStation 5, de maneira que, agora, a sensação é de que o Ultra HD está aqui para ficar.

Por isso, ter um monitor adequado é quase um imperativo não só para aproveitar ao máximo, como também para ter a melhor experiência possível. Pensando nisso, a Acer deu um up em sua linha de monitores gamers Nitro e adicionou o XV280K, um modelo 4K de 28 polegadas voltado para quem quer abandonar o Full HD e embarcar de vez no Ultra HD com suporte a HDR10 e FreeSync, um bom leque de recursos e imagens vívidas e bem definidas.

Mas como será que o monitor 4K da Acer se sai no dia a dia? Será que ele dá conta do recado? É isso o que você descobre hoje nesta análise do Canaltech.

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Design e ergonomia

Esse é um dos aspectos que mais chama a atenção no Nitro XV280K, mas não por ele ser espalhafatoso, nem nada disso. É justamente o contrário. Embora estejamos falando de um monitor gamer, a Acer acertou em cheio ao escolher um visual mais sóbrio, o que faz com que o equipamento possa circular por outras bancadas que não a gamer.

Não há qualquer RGB ou frufru que indique que este é um produto gamer. Sua construção é toda feita em plástico preto, as linhas são bem conservadoras e sem aquele ar de ostentação ou agressividade típicos de produtos do tipo. Até mesmo os botões de acesso às configurações são discretos, ficando escondidos na parte traseira inferior direita — nesse quesito, o único "porém" é a qualidade dos botões, que desde que o produto saiu da caixa pareceram mais frouxos que o normal. Outro detalhe que sentimos falta e que poderia vir como um "mimo" é um porta headsets — bastaria um gancho retrátil parafusado na parte de trás que já resolveria o problema.

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Apesar disso, é no detalhe que percebemos os diferenciais do Acer Nitro XV280K. As bordas são um belo exemplo: o design ZeroFrame, com menos de 0,5 cm de espessura, fazem a tela ocupar nada menos que 89,6% do corpo do produto, garantindo não só uma imersão maior como também favorecendo a união de duas telas ou mais no setup. Além disso, o monitor é fininho, com apenas 1,6 cm de espessura — facilitando na hora de fixá-lo na parede ou em um suporte articulado com padrão VESA 100 x 100 mm.

E já que falamos em suporte, é preciso destacar aqui um dos pontos altos do XV280K: sua base. A primeira vista, ela não parece ter nada de extraordinário — sendo tão discreta quanto todo o restante do produto —, mas é extremamente fácil de instalar e superergonômica. Diferentemente de muitos modelos que vemos por aí, que chegam a exigir meia dúzia de parafusos para fixação, aqui só precisamos de um e pronto — tudo fica muito bem apoiado, sem "sambar" na mesa nem nada.

Feito isso, você poderá rotacionar o monitor em até 90 graus, além de ajustar a inclinação (-5° a 35°) e altura em até 180 mm com apenas um dedo. Mas tem um plus muito bem-vindo: também é possível ajustar a orientação dele, colocando-o na vertical. Essa é uma característica muito importante, pois amplia consideravelmente os cenários de uso e público-alvo do produto, tornando-o atraente não apenas para gamers e streamers, mas também fotógrafos, editores e desenvolvedores que preferem ter mais espaço vertical que horizontal para trabalhar.

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Qualidade de imagem e desempenho

Como falei lá no início desta análise, temos em mãos um monitor 4K indicado para quem está abandonando o Full HD para embarcar pela primeira vez no Ultra HD. Isso significa que o Nitro XV280K da Acer é um modelo de entrada, indicado principalmente para quem ainda não está preparado para meter a mão no bolso para ter um Predator X27, por exemplo. Ou seja: a fabricante teve de fazer algumas concessões para manter o preço do produto competitivo.

Talvez as duas mais perceptíveis sejam os 60 Hz de frequência e os 4 ms de tempo de resposta do XV280K. Isso significa que o equipamento conseguirá exibir taxas de quadro de no máximo 60 FPS e pode apresentar um pouco de ghosting em algumas situações bem específicas. Ainda assim, no fundo nada disso deve atrapalhar a gameplay de jogadores "comuns", digamos assim. Primeiro que, levando em conta o cenário do 4K, dificilmente um jogo rodará muito acima dos 60 FPS — logo a frequência é mais que suficiente. Quanto ao tempo de resposta, a não ser que você jogue competitivamente e faça questão de cada milissegundo é que essa característica fará alguma diferença — em situações "normais", é bastante difícil notar alguma coisa. Durante os testes para este review, absolutamente nenhuma situação saltou aos olhos para podermos indicar como problemática.

À exceção desses dois quesitos, todos os outros contam pontos a favor do monitor da Acer. A começar pela tecnologia da tela e da iluminação empregada pela fabricante: em vez do barato TN e do controverso VA, temos um painel IPS com iluminação WLED. Na prática, a combinação delas duas entrega imagens bastante vívidas, com um bom nível de contraste e brilho de até 400 cd/m², além de um amplo ângulo de visão: até 178° sem reflexo algum graças ao revestimento anti-glare fosco — batizado pela Acer como ComfyView.

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Falando mais especificamente da qualidade da imagem, o trabalho da Acer quanto às cores que o XV280K é capaz de reproduzir é digno de nota. Para quem quiser destinar o equipamento para uso profissional em edição de imagem e vídeo, é importante dizer que ele cobre 100% do espectro sRGB e 90% do espectro DCI-P3, ficando à frente de concorrentes diretos como o LG 27UL500-W. O resultado é tão bom que a vividez das imagens parece estar um patamar acima de outros displays IPS da mesma categoria.

Para dar uma "mãozinha" a mais nisso tudo, o modelo conta com certificação Vesa HDR 400 e é compatível com HDR10. Na prática, isso significa taxas ainda maiores de contraste e mais detalhes nas imagens, com regiões muito escuras e muito claras muitíssimo bem delineadas. Na prática, as imagens são reproduzidas de uma forma muito mais realista, contribuindo principalmente para a imersão nos jogos.

Recursos e especificações

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Normalmente, quando ouvimos falar em "modelo de entrada" entendemos que o produto não tem lá muitos recursos. Mas não é isso o que acontece com o XV280K da Acer. O monitor emprega tecnologias como a já falada HDR10 para entregar imagens de qualidade superior, mas não para por aí.

Uma das funcionalidades que beneficia todo perfil de usuário é o chamado BluelightShield. Proprietária da Acer, ela reduz a emissão de luz azul em até 54%, proporcionando muito mais conforto sobretudo em longas jornadas diante do monitor, seja jogando ou no uso diário.

Quando o assunto são monitores LED, uma das preocupações que se tem é o vazamento de backlight e uniformidade da tela. Aqui, a Acer empregou um recurso chamado Black Boost, que conta com 11 ajustes diferentes de escuro para realçar detalhes específicos em cenas com menos luz. Na prática, você não precisará aumentar o brilho da tela nem verá regiões pretas como se fossem cinzas.

Falando em ajuste, além do tradicional brilho e contraste e o já falado Black Boost, o XV280K da Acer permite que o usuário escolha entre três perfis predeterminados de gama ou defina manualmente seis níveis de gama. E não para por aí: também é possível fazer o ajuste manual de seis níveis de matiz e de saturação — basicamente, você poderá calibrar todos os aspectos do seu equipamento para ele entregar a melhor imagem possível.

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Também fica a cargo do usuário ativar/desativar o HDR, o nível de azul, a super nitidez e recursos exclusivos como o Gerenciamento Adaptivo de Contraste (ACM), que ajuste os contrastes automaticamente após realizar a varredura da imagem. Para fechar, ainda é possível definir se você quer usar o monitor no modo sRGB ou DCI-P3, se quer ativar o modo escala de cinza (caso esteja trabalhando com imagens em tons de cinza) e ativar a mira embutida para acertar aquele headshot maroto no scope.

Aproveitando que falamos em headshot e no scope, um dos recursos mais importantes para os gamers é o FreeSync. Graças a ele, a placa de vídeo trabalha sincronizada com o monitor para não empurrar mais quadros do que ele é capaz de lidar. Em outras palavras, como temos aqui um monitor de 60 Hz, com o FreeSync ativado, a GPU renderiza no máximo 60 FPS, mesmo que tenha poder de fogo para fazer mais. Essa é a melhor garantia de que você não verá episódios de motion blur e stuttering durante sua jogatina. Ah, e o mais legal de tudo: apesar de ser uma tecnologia da AMD, o FreeSync é compatível tanto com placas da marca quanto da Nvidia.

Para fechar, se você não quiser lidar com nenhum ajuste fino, o Acer XV280K vem com nada menos que oito perfis predeterminados que cobrem situações bem específicas. São eles:

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  1. Padrão: ajustes padrão de fábrica;
  2. Eco: ativa todos os recursos de economia de energia para tornar o monitor o mais eficiente possível;
  3. Gráficos: voltado para produtores de conteúdo e profissionais que trabalham com imagens e vídeos e que precisam de maior fidelidade de cores;
  4. HDR: ativa o HDR10 para o consumo de conteúdo compatível com a tecnologia;
  5. G1 Ação: voltado especificamente para jogos de tiro e ação, com o mínimo de tempo de resposta possível;
  6. G2 Corrida: voltado especificamente para jogos de corrida, com ajustes para minimizar o motion blur;
  7. G3 Esportes: voltado especificamente para jogos de esportes, aliando fidelidade de cores com baixo tempo de resposta;
  8. Usuário: perfil livre para o usuário fazer seus próprios ajustes e deixá-los salvos.

Dito tudo isso, a ficha técnica do Acer Nitro XV280K é a seguinte:

  • Tela: IPS WLED 4K de 28 polegadas
  • Taxa de atualização máxima: 60 Hz
  • Tempo de resposta: 4 ms
  • Proporção: 16:9
  • AMD FreeSync: Compatível
  • Brilho máximo: 400 cd/m²
  • Contraste: 1.000:1 (estático)
  • Cores: 1,07 bilhão
  • Padrão VESA: 100x100
  • Entradas: 1x DisplayPort 1.2, 2x HDMI 2.0, 1x 3,5mm
  • Recursos: HDR10, Black Boost, BluelightShield, ACM, Super Nitidez, Modo sRGB, Modo Escala de Cinza, Taxa de atualização na tela, Mira virtual, 8 perfis de imagem

Conclusão

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O Acer Nitro XV280K é um bom exemplo de trabalho bem feito. O equipamento equilibra bem a quantidade de recursos com qualidade de imagem na balança do custo-benefício. Como um monitor gamer 4K de entrada, ele faz lá suas concessões, mas os 60 Hz e os 4 ms de tempo de resposta nem de longe chegam a atrapalhar a jogatina de quem só quer sentar e curtir seu jogo preferido.

Mais incômodo que isso é a ausência de um suportezinho para headsets, dos mais básicos mesmo, e a qualidade dos botões de configuração na parte traseira inferior direita do equipamento. Frágeis, eles passam a sensação de que podem quebrar a qualquer pressionada — então tenha cuidado para não apertá-los com muita força. Também sentimos falta de um modo PiP para aproveitar as três entradas de vídeo apropriadamente — sem isso, ficamos presos a apenas uma fonte de imagem por vez, um desperdício tratando-se de uma tela grande com resolução 4K.

Fora isso, todo o restante depõe a favor deste monitor da Acer. A escolha da fabricante por um painel IPS com suporte a HDR10 resulta em imagens vívidas, com bons níveis de brilho e contraste, passando bem longe daquele aspecto lavado. O design ZeroFrame é outro ponto alto, contribuindo para a imersão durante as jogatinas e favorecendo a ampliação do setup com mais um ou dois monitores. Por fim, melhor que isso só a base e suporte que acompanham o produto. Extremamente funcional, eles permitem ajustar altura, inclinação, rotacionar a tela e virá-la para o modo retrato. Graças a isso, o produto pode ser empregado em uma infinidade de cenários, não ficando restrito apenas ao público gamer.

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Por essas características e a grande quantidade de recursos e funcionalidades, o Acer Nitro XV280K é uma excelente opção para jogadores, profissionais ou usuários comuns que estão em busca de migrar do Full HD para uma tela grande com resolução 4K, seja para jogar, para trabalhar ou consumir mídia.