PC ou notebook para edição de vídeos e fotos: componentes que fazem diferença
Por Redação |

Na hora de investir num bom equipamento para edição de mídia — sejam fotos ou vídeos —, uma dúvida paira: quais componentes escolher para ter um bom computador para trabalhar? Diante de tantas opções disponíveis no mercado, entre gerações de processadores, GPUs, memórias e seus minuciosos detalhes, é fácil se perder.
Por isso, o Canaltech está aqui para te ajudar. Adquirir a primeira máquina para produzir conteúdo ou fazer upgrades que realmente mudam sua experiência são aquisições importantes para melhorar a qualidade do trabalho e, não menos importante, a sua relação com o produto. Neste artigo, te daremos um norte para as pesquisas de componentes e onde você deve focar a maior parte do orçamento para extrair o máximo do computador.
A importância da portabilidade
Uma das primeiras questões que você deve pensar é sobre a necessidade de levar seu trabalho para outros lugares e levá-lo consigo durante viagens prolongadas. É fotógrafo e precisa viajar constantemente enquanto produz conteúdo? É um editor de vídeo com trabalho remoto e não pretende trabalhar quando estiver fora? Cada um desses cenários cria demandas distintas e que mudam umas das primeiras decisões: comprar um notebook ou um desktop?
Embora proporcione maior versatilidade para os trabalhos no dia a dia, notebooks impõem certas limitações. A longevidade e personalização são uma delas. Os portáteis são pacotes fechados que pouco poderão ser modificados pelo usuário final e algumas das opções não contam com uma boa variedade de entradas para cobrir todas as necessidades de um profissional — como saídas de vídeo adicionais, entrada para cartões de memória e portas USB com Thunderbolt 4, que oferece velocidades de transferência de até 40 Gbps.
Contudo, essas são as únicas limitações para os notebooks. Atualmente, os mais recentes lançamentos de notebooks das faixas intermediária e topo de linha apresentam desempenho invejável e, quando equipados com processadores Intel, aproveitam de otimizações no consumo de energia e outros avanços para atender aos mais diversos tipos de público e propósitos.
Sendo assim, as CPUs Intel Tiger Lake de 11ª geração são uma excelente opção em dispositivos portáteis. Os processadores são equipados com tecnologia de ponta e performance que incluem capacidades gráficas e inteligência artificial que vão te ajudar e agilizar a edição de fotos ou vídeo.
Consistência por onde for
Dos vários aprimoramentos incluídos nos mais recentes processadores Intel para notebooks, os gráficos Intel Xe são um dos destaques. A GPU integrada representa um salto em performance quando comparado à solução convencional Intel HD Graphics e agora vêm equipados com a GPU de baixo consumo Xe-LP. Na prática, ele aprimora a experiência geral no fluxo de edição de conteúdo, minimizando a necessidade de ter uma placa de vídeo dedicada.
São componentes totalmente voltados para desempenho, repensados “dos pés à cabeça” para otimizar os resultados sem elevar significativamente a demanda energética. A combinação dos processadores gráficos atualizados e as novidades relacionadas à computação assíncrona — adicionais como inteligência artificial, aprendizado de máquina e outros truques poderosos — é que fomenta o cenário ideal para o profissional multimídia que precisa de um notebook poderoso para onde for.
Apenas com os processadores Intel de 11ª geração é possível renderizar vídeos e editar imagens em altíssima resolução sem precisar de uma GPU externa, já que ele dá conta de instruções específicas para remover elementos de fotografias, desfocar o fundo, detectar objetos em imagens e até fazer reconhecimentos de fala.
Poder bruto no desktop
Se nos projetos limitados no escopo dos notebooks o resultado é promissor, nos computadores mais robustos não poderia ser diferente. Neste mês de março, a Intel anunciou os processadores Rocket Lake-S de 11ª geração para desktops para atender todo tipo de usuário — indo do básico, ao gamer e ao profissional.
Portanto, o mesmo acontece para a edição de fotos e vídeos. Os núcleos retrabalhados, agora conhecidos como Cypress Cove, acompanham as CPUs da linha mobile e introduzem melhorias significativas para o fluxo de trabalho audiovisual, igualmente proporcionadas pelos gráficos integrados e pelas otimizações da computação assíncrona.
Isso significa que os novos processadores têm inteligência artificial embutida — mais especificamente, aprendizado de máquina, aqui conhecido como Deep Learning Boost e suporte a VNNI (Vector Neural Network Instructions), ambos recursos que agilizam significativamente o fluxo de trabalho. Graças a isso, os componentes têm desempenho 18% superior em edição de fotos e 60% na produção de vídeos quando comparados com a geração anterior, os Intel Comet Lake-S.
E se você quiser comprar uma placa de vídeo dedicada, não tem problema. Os novos processadores Intel também dão uma força na hora de renderizar seus vídeos graças a um recurso chamado Resizable BAR, que faz os processadores enxergarem e usarem toda a memória VRAM das placas de vídeo para acelerar ainda mais o trabalho em edição de imagens e vídeos e produção de conteúdo.
Armazenamento eficiente
Para o profissional multimídia, muito do trabalho depende da transferência de arquivos. Seja para importar arquivos de um dispositivo externo, fazendo backups em armazenamento portátil ou puxando os vídeos ou fotos da memória para o fluxo de trabalho, essa característica é inerente ao trabalho e deve ser levada como prioridade.
Sendo assim, a escolha de um bom SSD — SATA ou M.2 — é indispensável para proporcionar uma boa experiência. Discos rígidos podem até ser uma alternativa para a criação de backups, mas dentro dos componentes cotidianos, ele acaba sendo um empecilho, quase que desperdiçando o potencial completo da máquina.
Devido a essa demanda, as plataformas Intel também incluem otimizações para transferência de dados em altíssima velocidade. Por um lado, o conjunto inclui suporte para o padrão USB 3.2 Gen 2x2, tecnologia que oferece até 20 Gbps de banda para a transferência de arquivos — algo indispensável para o profissional multimídia.
De outro, atende aos cenários em que o fluxo de trabalho envolve grandes pacotes de vídeos em alta resolução e, por isso, a velocidade da comunicação do processador com o armazenamento interno tem papel crucial, com o retorno da compatibilidade com o PCIe 4.0, conexão existente nas placas-mãe mais modernas. Em games, a atualização não traz mudanças significativas, mas as linhas de comunicação extras abrem caminho para a performance máxima de SSDs NVMe de qualidade, transferindo dados num piscar de olhos.
Componentes secundários
Em todos os casos, optar por uma boa construção e periféricos de qualidade são ótimas alternativas. Tanto em notebooks quanto nas estações de trabalho convencionais, uma tela de alta resolução com uma reprodução precisa de cores é indispensável. Em caso de desktops, uma fonte robusta avaliada com selos de qualidade para fornecer energia para os componentes também não deve ser deixada para escanteio.
Por fim, mas não menos importante, um gabinete com boa disposição de portas USB de fácil acesso, bem como uma placa-mãe com chipset eficiente com uma boa quantidade de portas USB 3.1, Thunderbolt e saídas de vídeo extras, PCIe 4.0 e espaço para futuros upgrades também são opções interessantes.
Como em todos os casos, a pesquisa é a maior aliada para uma compra bem-feita. Para isso, leia ou assista análises, acompanhe fóruns de discussão sobre algum produto, reconheça as próprias necessidades como profissional e até onde seu orçamento permite o investimento. Com todas essas informações em mãos, terá feito a lição de casa para ter um consumo consciente e um investimento com maiores chances de retorno.