COO da Apple diz não querer que seus produtos sejam apenas para a elite

Certamente o preço é um dos principais requisitos que o consumidor leva em consideração na hora de comprar o seu gadget. Bem, parece que, ao menos na Apple, a preocupação, por assim dizer, também está chegando à alta cúpula da empresa.

O diretor de operações da empresa, Jeff Williams, fez palestrou na Elon University na última sexta-feira (22) e foi indagado por um dos alunos se havia algum plano da empresa para reduzir, vejam só, os preços de seus produtos. O estudante teve como base alguns relatórios de analistas, que revelam que a Apple possui uma grande margem de lucro em cima de seus aparelhos. Sobre isso, o COO da maçã preferiu seguir a linha do cuidado que a fabricante tem na produção de seus aparelhos.

"As histórias que saem sobre o custo de nossos produtos foram a ruína de minha existência na empresa, incluindo nossos primeiros dias", disse Williams. "Os analistas realmente não entendem o custo do que fazemos e o quanto nos preocupamos em criar nossos produtos", completou.

Ele prosseguiu a resposta explicando que, para desenvolver o rastreador de atividades do Apple Watch, a Apple construiu um laboratório de fisiologia com 40 enfermeiros e 10.000 participantes. Ainda assim, Williams admitiu que é uma área que eles estão prestando atenção e investindo cada vez mais. "É algo que estamos muito conscientes", disse ele. “Não queremos ser uma empresa elitista. Isso não é verdade — queremos ser uma empresa igualitária e temos muito trabalho acontecendo nos mercados em desenvolvimento".

O preço dos principais aparelhos da Apple foi citado como um fator no baixo desempenho das vendas do iPhone no último trimestre. O carro-chefe da Apple aumentou de preço ao longo dos anos, com o iPhone XS Max, o modelo mais recente, sendo encontrado por a partir de US$ 1.099 (R$ 4.107,62, na cotação de hoje). No Brasil, a loja oficial da Apple vende o smartphone com preços iniciando em R$ 7.999.

Fato é que os preços dos produtos da Apple não param de aumentar e isso tem afetado as vendas não apenas no Brasil, mas em outros mercados, como a China, que vê a Huawei crescendo cada vez mais. Segundo a Counterpoint Research, a queda nas vendas dos smartphones da Maçã chegou aos 20%.

Fonte: MacRumors, Counterpoint Research