O RedMagic 11 Pro chega como a nova aposta da Nubia para dominar o segmento de smartphones gamers, trazendo um pacote de hardware agressivo e recursos voltados explicitamente para quem prioriza desempenho bruto. Ele segue a filosofia da linha: muito poder de fogo, alta taxa de atualização, sistema de refrigeração sofisticado e recursos extras que ampliam a experiência de jogo.
A proposta é clara desde o primeiro contato: este não é um flagship convencional, mas sim uma máquina feita para extrair cada gota de performance possível em games. Ao mesmo tempo, o aparelho tenta equilibrar esse foco com elementos que permitam um uso mais versátil no cotidiano, embora com resultados irregulares.
O Canaltech testou o RedMagic 11 Pro por alguns dias e, a seguir, compartilhamos um pouco da nossa experiência.
Prós
Extremamente potente e capaz de rodar qualquer jogo sem engasgos
Sistema de resfriamento avançado
Traz gatilhos táteis e um design gamer bem autêntico
Contras
Não chega a ser tão versátil quanto um flagship tradicional
Design
O design do RedMagic 11 Pro segue o costumeiro padrão da linha. O celular tem bordas praticamente retas e uma carcaça de vidro que revela parte do sistema interno, com destaque para as ventoinhas decoradas com RGB. A iluminação é discreta, mas garante um visual típico de PC gamer ao dispositivo – um detalhe “irresistível” para entusiastas.
A construção é sólida e bem montada, embora mais pesada e volumosa do que smartphones convencionais – resultado direto da necessidade de abrigar um sistema de refrigeração ativo e uma bateria generosa.
O aparelho possui tanto resfriamento líquido quanto um ventilador interno, que ajuda a dissipar calor em jogos mais exigentes. Os modelos anteriores já eram bem eficientes nesse aspecto térmico, levando o 11 Pro a apenas aprimorar suas principais virtudes. Esse é mais um celular da linha que não esquenta por praticamente nada!
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Se por um lado isso garante temperaturas mais estáveis, por outro traz ruído perceptível e uma estética que reforça o apelo “de nicho”. A ausência de saliência exagerada no módulo de câmeras é um ponto positivo, mas a ergonomia pode não ser perfeita para uso prolongado fora do contexto gamer devido ao peso elevado.
Por outro lado, temos o retorno dos gatilhos táteis nas laterais, que proporcionam botões extras muito úteis para quem quer elevar sua performance em games competitivos.
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RedMagic 11 Pro
Gabriel Furlan Batista/Canaltech
Desempenho
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Quando o assunto é performance, o RedMagic 11 Pro é o suprassumo dos celulares gamers. O processador Snapdragon 8 Elite Gen 5 entrega resultados excelentes em versões com até 24 GB de RAM e armazenamento UFS 4.1, garantindo fluidez extrema em multitarefa e jogos pesados.
Títulos pesados como Genshin Impact, Honkai: Star Rail e Call of Duty Mobile rodam em configurações máximas com estabilidade rara no Android, sem quedas bruscas de FPS mesmo após longas sessões. A tela AMOLED de 6,85 polegadas com 144 Hz também faz diferença, oferecendo resposta rápida, além de um visual brilhante e vívido que melhora muito a experiência em ação rápida.
Paralelamente, o conjunto de refrigeração realmente cumpre sua promessa. Em testes prolongados, o aparelho mantém desempenho consistente por mais tempo que concorrentes sem ventilação ativa, embora o trade-off seja o ruído ocasional da ventoinha.
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Fora dos jogos, entretanto, o software RedMagic OS 11 pode decepcionar. A interface pesada, apps pré-instalados e algumas inconsistências de navegação tornam o uso cotidiano menos agradável do que em interfaces mais polidas. Para produtividade e uso geral, o aparelho funciona bem, mas claramente não foi otimizado com a mesma atenção dedicada ao desempenho em jogos.
Dificilmente você encontrará um celular que roda Genshin Impact e outros jogos pesados sem "nenhum esforço", como é o caso deste aqui
— Renato Moura Jr.
Bateria
A bateria de 7.500 mAh é um dos grandes diferenciais do RedMagic 11 Pro, garantindo autonomia excelente. Em uso misto, o aparelho sobrevive com tranquilidade a um dia inteiro com muita margem, mesmo com sessões de jogo.
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Durante gameplay intenso, o consumo é alto (como esperado), mas ainda assim melhor que a média dos flagships convencionais, que costumam sofrer com desgaste acelerado em títulos pesados. Esse equilíbrio entre capacidade enorme e eficiência do chip faz do 11 Pro um smartphone especialmente confiável para quem joga por longos períodos longe da tomada.
Em nosso teste padronizado, o celular usou 32% de bateria em quatro horas de uso intenso. Isso garante uma autonomia de pouco mais de 12 horas, aproximadamente – lembrando que esse número é baseado em uma atividade pesada, ou seja: com uso moderado, ele dura muito mais.
O carregamento de 80 W complementa bem essa característica, restaurando boa parte da carga em pouco tempo, mesmo com bateria robusta. O aparelho esquenta um pouco durante o carregamento, mas nada que prejudique a usabilidade ou cause preocupação.
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A combinação de bateria grande, carregamento eficiente e gerenciamento térmico adequado reforça a proposta gamer: você passa mais tempo jogando e menos tempo esperando o telefone carregar.
A bateria é outro ponte forte do 11 Pro, garantindo autonomia suficiente para jogatinas longas e exigentes
— Renato Moura Jr.
Câmeras
O conjunto de câmeras do RedMagic 11 Pro é funcional, mas está longe de competir com os principais flagships do mercado. O sensor principal de 50 MP entrega resultados decentes durante o dia, com boa nitidez e cores equilibradas, embora o processamento às vezes exagere no contraste.
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Em cenários noturnos, a queda de qualidade é evidente, com ruído perceptível e perda de definição. A falta de uma câmera telefoto limita ainda mais a versatilidade, deixando o aparelho dependente de zoom digital — que não apresenta resultados tão satisfatórios.
A câmera frontal sob a tela, embora seja um recurso visualmente impressionante, também perde qualidade em comparação a soluções tradicionais. Ela funciona para chamadas rápidas e selfies ocasionais, mas não compete com aparelhos mais equilibrados nessa categoria.
No geral, as câmeras cumprem seu papel, mas deixam claro que o RedMagic 11 Pro não foi projetado para quem prioriza fotografia no smartphone.
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Câmera ultrawide
Renato Moura Jr./Canaltech
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Principais concorrentes
Os principais concorrentes do RedMagic 11 Pro são outros modelos voltados para jogos, como o Asus ROG Phone 8 e o Black Shark 6 Pro (ambos não estão disponíveis no mercado nacional). O ROG Phone se destaca por oferecer acabamento mais premium, software mais refinado e câmeras melhores, embora custe significativamente mais: via importação, ele ficaria em torno de R$ 4.500, chegando a dobrar com os impostos.
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Em comparação com flagships tradicionais como Galaxy S25 Ultra e iPhone 17 Pro, o RedMagic 11 Pro perde em câmeras, refinamento de software e recursos gerais, mas supera facilmente esses modelos em desempenho sustentado e experiência gamer. Contudo, não podemos ignorar o fato de que esses outros modelos também são competentes em performance.
Em uma comparação direta, o S25 e o iPhone 17 levam vantagem por serem produtos mais completos e versáteis, mas isso também reflete no preço. Atualmente, o S25 Ultra custa em média R$ 6.000, enquanto o iPhone 17 Pro é ainda pior nesse quesito, ficando na casa dos R$ 10.000.
O RedMagic 11 Pro se destaca por ser um dos celulares mais potentes do mercado por um preço bem abaixo da média, apostando alto em custo-benefício.
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Vale a pena?
O RedMagic 11 Pro é um smartphone para quem sabe exatamente o que quer: desempenho máximo, tela rápida, refrigeração agressiva e autonomia generosa. Ele é excepcional como dispositivo gamer e entrega um nível de performance difícil de igualar, especialmente em sessões longas.
Em contrapartida, sacrifica áreas importantes para o usuário comum, como qualidade de câmeras, software polido e estética mais discreta. Esse equilíbrio deixa claro que ele não é um aparelho universal e sim um produto altamente nichado.
Atualmente, ele está saindo por valores entre R$ 5.299 e R$ 7.599, dependendo da cor, do espaço de armazenamento e da quantidade de RAM. A versão mais cara acaba ficando por um valor mais alto que o S25 Ultra, o que talvez não seja uma grande vantagem; enquanto isso, sua versão mais barata está saindo com um valor mais que justo e altamente competitivo.