Testamos a JBL Flip 7: som mais personalizado e qualidade em todos os ritmos
Por Vinícius Moschen • Editado por Léo Müller

Quem olha para a caixa de som JBL Flip 7 pode enxergar, na superfície, um speaker que se parece muito com a geração anterior. De fato, a empresa optou por trazer melhorias apenas incrementais para o produto, sem deixar de lado o visual característico da série e suas principais características — contudo, o Canaltech testou o que há de novo e diferente no speaker, que realmente ficou melhor.
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Para além de uma qualidade de som reconhecidamente boa, uma das principais mensagens que a JBL quer passar com seus novos produtos é: personalize seu áudio para que fique do jeito que você gosta, dependendo das preferências de ritmos e equalização.
Isso é feito por meio do aplicativo JBL Portable, que se mostra um companheiro indispensável para a Flip 7.
Afinal, ele traz quatro configurações predefinidas de equalizador, além da opção de ajustar as faixas de frequência manualmente. Esse é só um dos atrativos da caixa de som, que ainda tem muito mais a oferecer.
Prós
- Personalização das características de som
- Áudio equilibrado em diferentes níveis de volume
- Construção premium e IP68
Contras
- Bateria abaixo do esperado
- Entrada USB-C sem proteção
Aumente os graves ou configure como quiser
Mesmo que seja uma caixa de som considerada pequena, a JBL Flip 7 se aproveita muito bem das novas opções de personalização de áudio oferecidas pela empresa. Veja abaixo com o que dá para “brincar” por meio do app:
- JBL Signature: modo de áudio padrão da JBL, com frequências equilibradas;
- Chill: traz um som menos potente e mais voltado para ambientação;
- Energetic: prioriza os graves e traz mais potência ao som;
- Vocal: como o nome sugere, dá mais valor aos vocais.
Há ainda o modo PlaytimeBoost, que tira um pouco da qualidade do som para aumentar a duração de bateria. Essa é uma função bastante útil para quem quer fazer uma longa festa com o speaker, por exemplo.
No caso específico da JBL Flip 7, o modo Energetic se mostra o mais agradável na maioria dos casos.
É modo Energetic que a JBL Flip 7 mostra seu potencial máximo, quase “desafiando as leis da física” ao entregar graves mais potentes, mas que ainda se sobressaem de forma bastante equilibrada.
— Vinícius Moschen
Qualidade padrão JBL
Em seus materiais de divulgação, a JBL faz questão de destacar que usa o poder da inteligência artificial para melhorar a qualidade do som.
O AI Sound Boost, como descrito pela companhia, serve para analisar diferentes tipos de música e aplicar configurações correspondentes para reduzir distorções.
Na prática, o sistema funciona muito bem. Quando testada com diferentes tipos de música, incluindo o rock, pop, sertanejo e outros, o produto se adaptou muito bem em diversos cenários — especialmente se o modo de som for alterado via aplicativo.
Compacta, mas potente
Por ser um modelo mais compacto, o Flip 7 não entregará o som mais avassalador possível.
Contudo, seus 35 W de potência (contra 30 W do anterior) no woofer são mais que suficientes para usar no cotidiano em casa, ou mesmo em festas e outras confraternizações de magnitude pequena ou média.
Entretanto, o próprio tamanho físico dos speakers ainda se mostra como uma limitação: afinal, ao aumentar o som para 70% ou mais (o que já deixa o volume bastante alto, inclusive), a potência do grave passa a dar lugar para outras frequências — algo bastante aceitável para um produto desse segmento.
Bateria ainda está abaixo do esperado
Quando o Canaltech analisou a JBL Flip 6 há alguns anos, foi apontado que um dos pontos passíveis de melhorias era a bateria, que ainda ficava abaixo do estimado pela empresa.
A situação não mudou de forma significativa na geração mais recente.
De acordo com materiais de divulgação oficiais da JBL, o produto teve uma evolução de 12 para 14 horas na duração máxima de carga.
Contudo, a marca ressalta que essa marca pode variar de acordo com o “nível de volume e do conteúdo de áudio”. Isso é importante.
Teste de bateria
Dentro de testes padronizados do Canaltech, a Flip 7 consumiu cerca de 70% da carga após seis horas de uso.
Foram reproduzidas músicas de diferentes gêneros, com volume de 50% durante todo o tempo, no modo JBL Signature (padrão).
Portanto, a autonomia estimada de carga fica em 8,5 horas, um pouco distante do que a marca indica, mesmo com seu “disclaimer”.
Talvez fosse o caso de deixar mais clara a duração de uso em diferentes padrões de uso, e não apenas no econômico.
Outra coisa um pouco estranha em relação à bateria é a indicação pelo aplicativo, que mostrava a permanência em mais de 100% de carga durante mais da metade do tempo do teste, para depois despencar repentinamente para 30%.
Talvez seja uma peculiaridade de um produto praticamente novo e sem muitos ciclos de carga completos.
A autonomia de bateria testada da JBL Flip 7 ficou em 8,5 horas de reprodução de música com volume em 50%, bem abaixo das 14 horas prometidas pela fabricante.
— Vinícius Moschen
JBL Flip 7 está mais resistente
A JBL repetiu a receita ao pensar no visual da Flip 7, que é bem parecida com o modelo anterior.
Por isso, persiste um dos principais problemas apontados no review prévio: a falta de uma proteção para a porta USB-C, que fica sempre exposta ao ambiente externo.
Mesmo assim, o produto também teve melhorias, já que sua resistência evoluiu da certificação IP67 para o IP68. Nada revolucionário, mas é bom perceber que agora o produto pode ser levado para a beira da piscina sem preocupações.
Também houve um rearranjo nos botões externos, já que um comando de conexões multi speaker acompanha o Play/Pausa e pareamento Bluetooth. Uma adição agradável para facilitar a montagem de um sistema mais robusto com outras caixas JBL.
Isso é feito por meio da tecnologia Auracast, que permite conectar duas caixas e obter um ambiente de som mais amplo.
O Bluetooth avançou para a versão 5.4, e não apresentou qualquer problema de estabilidade — mesmo sob uma razoável distância e com uma parede no meio do caminho.
Principais concorrentes da Flip 7
No momento, a maior rival da JBL Flip 7 é a Flip 6, que pode ser encontrada por cerca de R$ 550, enquanto a Flip 7 custa em torno de R$ 745. Outras concorrentes diretas nessa faixa de alto-falantes portáteis incluem:
- Anker Soundcore Motion+: frequentemente custando R$ 469–525 em promoções, entregando 30 W de potência e IPX7 — bem abaixo do preço da Flip 7;
- Ultimate Ears Boom 3: com som 360°, resistência IP67 e bateria de 15 h, atualmente custa cerca de R$ 1. 070, até quase o R$ 300 a mais que a Flip 7.
Vale a pena comprar a JBL Flip 7?
Pelo que se paga essa diferença de R$ 195 na comparação com a Flip 6? Uma construção mais resistente, potência de som ligeiramente maior e possibilidades ampliadas de customização de áudio.
Diante disso, vai de cada um escolher se o valor mais caro vale a pena, de acordo com as preferências individuais em relação aos aspectos melhorados. A escolha lógica, entretanto, é apostar na Flip 6, por enquanto, ou aguardar a Flip 7 ficar uns R$ 100 mais barata.
De qualquer forma, é preciso ressaltar que a compra da Flip 7 garante o recebimento de um produto com muita qualidade, e que muito provavelmente vai atender às expectativas. O mesmo pode ser dito para praticamente qualquer caixa de som da JBL.