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Ivo Meneghel Jr./Canaltech
O Galaxy Ring estreou no mercado de vestíveis como o primeiro anel inteligente da Samsung. Focado em registrar métricas de saúde, o acessório é mais confortável e tem maior autonomia de bateria que um smartwatch, porém ainda é bastante limitado no quesito funcionalidades. Neste review, o Canaltech analisa o acessório e diz para quem ele é bom.
O Galaxy Ring é um anel bem discreto, apesar de embarcar diversos sensores e recursos tecnológicos internamente. Quem vê de fora pode nem perceber que se trata de um vestível inteligente, já que não há LEDs nem logotipo da fabricante do lado de fora.
A única “marca” é uma fina linha vertical em alto-relevo para indicar a posição do anel no dedo indicador ou médio. Para os sensores captarem as métricas de saúde, é necessário manter esse marcador no mesmo sentido da palma da mão.
Devido aos componentes internos, o Galaxy Ring é mais largo que anéis tradicionais, como alianças. Embora seja unissex, o acessório segue o estilo de anéis masculinos que combinam com mãos maiores.
O Galaxy Ring tem resistência à imersão em água, inclusive. Graças à classificação IP68, o anel pode molhar em água doce e suor sem problemas. Já a estrutura de titânio garante proteção reforçada contra riscos e impactos.
Durante os testes, o Galaxy Ring se mostrou muito competente ao detectar alterações nos batimentos cardíacos e monitorar a qualidade do sono. Os sensores funcionam bem e geram relatórios detalhados sobre a saúde dos usuários.
— Murilo Tunholi
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Conforto no dia a dia e ao dormir
Qualquer pessoa pode usar o vestível, já que a Samsung oferece uma gama de tamanhos para a circunferência do anel. O Galaxy Ring começa no tamanho 5 e vai até o 13, encaixando em dedos de diferentes espessuras. Há indícios, contudo, de que a marca pode lançar mais tamanhos para atender dedos maiores.
O Canaltech testou o tamanho 10, que coube confortavelmente tanto em mãos femininas quando em masculinas um pouco menores. Ele ficou firme no lugar, sem apertar ou machucar a pele, ou pesar no dedo.
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Inclusive, o melhor momento para usar o Galaxy Ring é dormindo. Embora smartwatches também façam leituras do sono, nem todo mundo gosta de usar relógios na cama. O anel inteligente resolve esse problema com maestria, sendo excelente para monitorar a qualidade do descanso.
O Galaxy Ring também se destaca no monitoramento de batimentos cardíacos, em especial durante atividades físicas. Porém, existem situações em que um smartwatch se encaixa melhor e vice-versa.
Na academia, por exemplo, o anel atrapalha na hora de segurar alteres ou barras de metal. Contudo, na prática de artes marciais ou outros esportes de contato, o acessório é mais confortável e seguro de usar do que um relógio grande e pesado.
— Murilo Tunholi
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Galaxy Ring vs. Galaxy Watch
Apesar do alto nível de conforto, o anel inteligente da Samsung não substitui um smartwatch por completo. As medições do Galaxy Ring se limitam a sono, frequência cardíaca e temperatura da pele — esta que ajuda a prever ciclo menstrual em pessoas com útero.
Além disso, por não ter tela própria, o acessório somente registra as métricas de saúde e transmite os dados para o celular Galaxy do usuário. Isto é, o produto depende de outros aparelhos para funcionar por completo, diferentemente de um relógio que opera sozinho.
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Quem já tem um Galaxy Watch pode garantir certas vantagens ao usar um Ring em conjunto. Ao vestir o anel, as medições de saúde deixam de acontecer no relógio, economizando bateria.
O Canaltech testou o Galaxy Ring junto ao Galaxy Watch 7 e percebeu que o app Samsung Heath detectou ambos os acessórios ao mesmo tempo. Ao dividir certas funções, tanto o relógio quanto o anel tiveram aumento de aproximadamente 30% na autonomia.
Bateria para uma semana inteira
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Em números, o Galaxy Ring sozinho durou cerca de cinco dias com uma carga completa. Ao usar com o Galaxy Watch 7, a autonomia subiu para sete dias de uso intenso, só removendo o anel por alguns minutos.
Além da capacidade para funcionar por vários dias, carregar o anel da Samsung é bastante prático. Ele vem em um estojo que transmite energia por indução, como nos fones de ouvido Galaxy Buds.
O estojo do Galaxy Ring conta com 361 mAh de capacidade, que oferece até 15 recargas completas ao anel. O carregamento é rápido e enche cerca de 50% em menos de 40 minutos.
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Principais concorrentes
O Galaxy Ring tem como principal concorrente o Oura Ring 3, também testado pelo Canaltech. Assim como o anel inteligente da Samsung, ele tem função de monitorar a saúde de forma mais discreta que um smartwatch.
No quesito preço, os dois vestíveis são bastante parecidos, custando US$ 349 lá fora. Porém, o Galaxy Ring se sai melhor por estar disponível oficialmente no Brasil com preço de R$ 3.499. O Oura Ring 3, por enquanto, precisa ser importado.
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O Galaxy Ring vale a pena?
O Galaxy Ring vale a pena para entusiastas da tecnologia que desejam monitorar saúde e sono de forma mais discreta e confortável. Para quem treina pesado, no entanto, o anel pode incomodar durante certos exercícios que envolvem manusear pesos e equipamentos com as mãos.
Aqui no Brasil, o anel da Samsung é mais caro e mais limitado que um smartwatch. Pelo preço sugerido de R$ 3.499, dá para comprar um Galaxy Watch 7 e ainda sobra dinheiro para um Galaxy Buds 3 Pro, por exemplo.
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A tecnologia ainda é nova e pode ficar mais barata no futuro. Por enquanto, porém, o Galaxy Ring é um dispositivo para poucos.