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Governo estuda imposto zero para importados em informática e telecom

Por| 01 de Julho de 2019 às 14h16

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Governo estuda imposto zero para importados em informática e telecom
Governo estuda imposto zero para importados em informática e telecom

O governo quer dar início à abertura comercial anunciada na campanha eleitoral do ano passado. Para isso, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) deve soltar uma nova resolução para zerar alíquotas de importação de bens de capital, informática e telecomunicações, caso haja um produto similar nacional.

Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, a ação já está pronta, mas aguarda aprovação do ministro da Economia, Paulo Guedes. Para colocar a medida em andamento, fontes informaram ao jornal que Guedes está esperando a aprovação da reforma da Previdência.

O motivo seria que a abertura do comércio não é bem vista por setores de indústria. Isso porque reduzir impostos sobre importação fortaleceria a indústria internacional, preterindo a produção local. Guedes teme que setores da banca defensora da indústria local não votem em favor da reforma da Previdência como retaliação à medida, motivo para segurar o texto.

A modificação é baseada no atual regime chamado de ex-tarifário. Ele é voltado apenas a países do Mercosul e permite zerar em períodos de dois anos alíquotas para importação de maquinário, equipamentos e insumos de tecnologia que não possuam um produto similar no Brasil. A proposta é modificar este regime para permitir que importados que também contem com itens equivalentes no mercado nacional possam pedir isenção.

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Atualmente, existe uma regra de exceção nos acordos do Mercosul que permite mudança de regras do bloco sem consultar os demais. Ou seja, permitindo a ação do Camex.

A nova regra, contudo, ainda precisaria de apoio dos outros países para que não haja embargos econômicos. Segundo a Folha, Uruguai e Paraguai já se mostraram favoráveis à nova regra, com resistência da Argentina.

A justificativa de Guedes é de que a abertura poderia acirrar o processo de concorrência e “acordar” a indústria local. Seria uma forma de forçar o mercado brasileiro a se modernizar.

No outro lado, líderes contrários à medida afirmam que não há espaço atual para investimentos e que isso poderia afundar ainda mais a economia brasileira.

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A previsão é de que a transição para este processo com tarifa zero ocorra em 15 anos.

Fonte: Folha