Google é mais uma vez acusado de monopólio do Android, agora na Índia
Por Roseli Andrion | Editado por Claudio Yuge | 20 de Setembro de 2021 às 22h40
Após uma investigação que começou em 2019, a Comissão de Concorrência da Índia (CCI) acusa o Google de abusar de sua posição dominante no mercado de sistemas operacionais móveis no país. Segundo o relatório do processo, a empresa inibe a competitividade e a inovação ao impor contratos unilaterais a fabricantes de aparelhos e desenvolvedores de aplicativos.
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As criadoras de celulares têm de assinar um acordo que determina que os apps e serviços para Android sejam pré-instalados em seus dispositivos. Nessas negociações, o Google oferece uma divisão de receitas lucrativa, o que faz os parceiros preferirem manter um ecossistema de serviços e aplicativos da marca.
Essa ação afeta os competidores do segmento de buscas, já que o app do Google Search é colocado na tela inicial de todos os equipamentos que usam o sistema operacional Android. Isso impede que os concorrentes superem a vantagem competitiva da empresa.
Os contratos unilaterais impostos pelo Google garantem que o consumidor use os produtos e serviços da companhia — e ela mantenha seu domínio. Se for condenada, a empresa pode ter de abandonar as práticas que a CCI considera anticompetitivas.
Outros processos
O Google enfrenta investigações antitruste em várias partes do mundo — como EUA, Europa, Japão e Coreia do Sul. Na semana passada, autoridades da Coreia do Sul multaram a empresa em US$ 177 milhões por bloquear versões personalizadas do Android.
Em comunicado à Android Central, a companhia informa que o Android permitiu que milhões de cidadãos indianos se conectassem à internet ao tornar os aparelhos de celular mais baratos. “Queremos demonstrar à CCI que o Android levou a mais competitividade e inovação, não menos."
Fonte: Android Central