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Aréas ligadas a TI crescem 3 vezes mais que setor de serviços

Por| Editado por Claudio Yuge | 09 de Novembro de 2021 às 23h30

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Um estudo da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação no Paraná (Assespro-PR) em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) mostra que o setor de serviços em tecnologia da informação (TI) tem crescimento acima da média nas receitas no segmento de serviços de modo geral.

Trata-se da edição mais recente do “Insight Reports – Panorama do Setor de Tecnologia da Informação e Comunicação”, que analisa o comportamento das receitas das empresas no Brasil. De acordo com a pesquisa, as pequenas empresas são maioria e registram aumento da receita em proporção superior às grandes. Mesmo assim, as maiores respondem por grande parte do faturamento e dos empregos do setor.

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O levantamento reúne dados referentes ao período de 2012 a 2019. Nesse intervalo, o segmento de serviços brasileiro registrou crescimento de cerca de 10% ao ano na receita bruta. Já a receita bruta de serviços em TI subiu 31% ao ano e alcançou cerca de R$ 202 bilhões no fim do exercício de 2019.

Desse total, quase 84% vieram de grandes empresas. De 2018 para 2019, entretanto, as receitas das empresas menores aumentaram proporcionalmente mais: 16% em comparação com 10%.

A pesquisa aponta, ainda, que das 71 mil empresas de serviços em TI existentes no Brasil em 2019, quase 95% eram de pequeno porte — cerca de 10% de aumento em relação ao ano anterior. Ainda que representem só 5% do mercado, as grandes respondiam por 72% dos postos de trabalho. Mesmo assim, de 2018 para 2019, as pequenas cresceram mais: 10% contra 8% entre as grandes.

Desaceleração e recuperação rápida

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Para Victor Manoel Pelaez Alvarez, da UFPR, um dos coordenadores do estudo, houve desaceleração do crescimento da receita bruta do ramo de serviços em TI em 2015 e 2016. “A recuperação foi rápida, já a partir de 2017, tanto que em 2019 o crescimento foi de 66% em relação a 2018, muito mais acelerado que a média de todo o setor de serviços (de 14% em 2019)”, destaca.

O segmento de desenvolvimento e licenciamento corresponde à maior fonte de receitas do setor: 30% do montante de R$ 201,7 bilhões consolidados em 2019. Os outros 70% têm distribuição heterogênea: consultoria (17%), portais e serviços de informação (17%), tratamento de dados, provedores e hospedagem (12%), desenvolvimento de software sob encomenda (12%) e suporte técnico e manutenção (12%).

O material tem como base a edição mais recente da Pesquisa Anual de Serviços (PAS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativa ao ano fiscal de 2019. A pesquisa é publicada dois anos após a finalização da coleta de dados. Para Lucas Ribeiro, diretor-presidente da Assespro-PR, esse recorte ajuda a área de inovação a identificar e compreender suas especificidades. “A interação entre setor produtivo, universidade, instituições do governo e organizações da sociedade é imprescindível para todos os envolvidos em inovação”, diz.