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Mozilla se diz profundamente preocupada com Edge da Microsoft nas mãos da Google

Por| 07 de Dezembro de 2018 às 14h39

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Logo no início da semana, a Microsoft anunciou que irá reformular o mecanismo base do EdgeHTML, navegador atualmente usado por apenas 4,34% do mercado, segundo dados coletados pelo NetMarketShare. Isso significa que as futuras versões do software deverão usar a plataforma Chromium do Google – a mesma que alimenta o Chrome e o Opera.

Do outro lado da mesa, a Mozilla, organização sem fins lucrativos por trás do Firefox, afirma que está profundamente preocupada com a decisão da Microsoft. O motivo é, em suma, uma possível monopolização da internet nas mãos do Google. Curiosamente, a gigante de buscas e tecnologia vem revertendo a polarização da casa do Windows desde o início dos anos 2000.

A Mozilla alega que reconhece o propósito da Microsoft ao desistir do Edge em termos de negócios, mas a decisão da companhia de Redmond capacita a Google a “decidir, com uma só mão, quais possibilidades estão disponíveis para cada um de nós”. Chris Beard, CEO da Mozilla ainda acrescentou que, através de uma perspectiva social, civil e industrial, é terrível dar o controle de uma infraestrutura online para uma única empresa.

De acordo com Beard, a Mozilla compete com a Google porque isso gera boas oportunidades para negócios, além de a concorrência ser saudável para a internet. Porém, a decisão da Microsoft tem o potencial para dificultar as coisas para a Mozilla.

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“A decisão da Microsoft tornará mais difícil para o Firefox prosperar? Pode acontecer. Tornar a Google mais poderosa é arriscado em muitos sentidos. E uma grande parte da resposta depende do que os desenvolvedores web e as empresas que criam serviços e sites fizerem. Se um produto como o Chromium tem participação suficiente de mercado, torna-se mais fácil para desenvolvedores e empresas web decidirem não se preocupar se seus serviços e sites funcionam em algo diferente do Chromium. Foi o que aconteceu quando a Microsoft detinha o monopólio de navegadores no início dos anos 2000, antes de o Firefox ser lançado. E isso pode acontecer novamente”.

Entretanto, como observado pelo The Next Web, de certa forma isso já aconteceu: o Chrome da Google já pode ser considerado o Internet Explorer 6 dessa geração, dominando em absoluto no mercado. Isso porque o Firefox foi lançado em 2004 e demorou pelo menos sete anos até que uma parcela de usuários do navegador da Microsoft aderisse à alternativa da Mozilla.

Para superar o Chrome seria necessária uma frente nova de navegadores, tal qual aconteceu quando a Google lançou o seu e peitou a Microsoft.

Fonte: The Next Web