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Mesmo com novos contratos, Apple não consegue oferecer pacotes com Apple Music

Por| 13 de Março de 2020 às 12h13

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A Apple vem obtendo sucesso em assegurar a continuidade, ou mesmo novos contratos, com gravadoras para que elas disponibilizem seu catálogo no Apple Music. E por mais que isso seja uma boa notícia para a empresa de Cupertino diante da concorrente Spotify, a novidade não é tão boa em relação a um outro competidor: o Amazon Prime.

Contextualizando: a Apple vem sendo alvo de rumores que indicam que ela pretende, em um futuro próximo, lançar pacotes de serviços (“bundles”) que levem ao consumidor o acesso único ao Apple Music, Apple News+ e Apple TV+, por exemplo. A ideia é que os pacotes tivessem um funcionamento ambíguo: o primeiro seria o de ampliar a penetração do Apple News+, que vem enfrentando problemas em atrair consumidores e publishers de revistas e jornais; o segundo seria o de oferecer algo mais sedutor que a Amazon vem fazendo com o Prime.

Entretanto, as gravadoras se tornaram o novo anteparo dos planos da Apple: aparentemente, Warner Music, Sony Music e Universal Music estão mais do que contentes em oferecer seu catálogo para o Apple Music — e apenas para ele. Segundo um relato do Financial Times, as empresas (bem como outras da indústria da música, não nomeadas) estão especificamente assinando acordos com a Apple, exigindo que seus conteúdos não façam partes de qualquer tipo de pacote.

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Em resumo: “minhas músicas no Apple Music = OK”; “minhas músicas no Apple Music e outras coisas = não, obrigado”.

O motivo para isso é que um pacote com os serviços causou nas gravadoras o mesmo medo que as publishers e editoras têm em relação ao Apple News+: atualmente, no serviço de notícias, a Apple leva 50% da receita gerada, enquanto os outros 50% são divididos entre as companhias que entram para a plataforma. No passado, isso já foi uma dor de cabeça para a Apple.

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Porém, o setor fonográfico está se armando para impedir qualquer possibilidade de uma relação assim com a Apple. Ou ficam apenas no Apple Music, ou não ficam em lugar nenhum. E considerando que os contratos do Apple Music não são exclusivos (ou seja, catálogos da Warner, Sony e Universal também estão presentes no Spotify), ser a única plataforma musical a não tê-los à mão seria altamente prejudicial, ainda que, no caso do Spotify, a Universal e a Warner tenham contratos de curto prazo. As empresas preferem manter a empresa sueca em um regime de negociação mensal, ao passo que, com a Apple, o acordo parece ser mais duradouro, ainda que restritivo.

Como sempre, a Apple preferiu não comentar os rumores.

E você, o que prefere? Assinaria um pacote de serviços da Apple, ou seguiria pelas plataformas unitárias, escolhidas uma a uma? Conte para nós nos comentários abaixo.

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Fonte: Financial Times