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Uber acessa remotamente PCs de seus escritórios para enganar a polícia, diz site

Por| 11 de Janeiro de 2018 às 17h02

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Uber acessa remotamente PCs de seus escritórios para enganar a polícia, diz site
Uber acessa remotamente PCs de seus escritórios para enganar a polícia, diz site
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A Uber tem enfrentado muitos problemas com a Justiça, desde questões relacionadas à legalização do aplicativo até denúncias de assédio e outros crimes.

Agora, uma manobra discutível coloca os holofotes novamente sobre a ampresa. Uma reportagem publicada pela Bloomberg mostrou que a Uber utiliza uma programa para bloquear computadores e modificar dados em escritórios locais que estão sob investigação.

Chamado de Ripley, o software abre uma porta para que a equipe da Uber em São Francisco entre nos computadores antes dos oficiais para trocar senhas e proteger dados, o que impede a procura por parte da polícia.

Número de emergência para a invasão

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Os gerentes de escritórios locais da Uber foram instruídos a ligar para um número de emergência da empresa nos Estados Unidos no caso de estarem sob investigação. Quando acionada, a sede começa a invadir as máquinas das filias.

O Ripley já teria sido usado em países como Bélgica, Holanda e França.

Segundo a matéria, a ideia do programa invasor surgiu em 2015, depois de uma ação no escritório de Bruxelas. A Justiça local, que investigava a operação com base em documentos ilegais, fechou a empresa com base em informações encontradas na filial.

Salle Yoo, que era conselheira geral da Uber na época e que hoje não trabalha mais na empresa, pediu para que o setor de TI desenvolvesse uma medida para combater esse tipo de ação. Nascia então o Ripley.

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Medida questionável

A Uber pode impedir o acesso às informações caso os mandatos não estejam corretos ou ocorra algum abuso da investigação. Nesse caso, o Ripley faz sentido de existir.

O problema surge quando a empresa tenta enganar a polícia com métodos como esse, em situações em que a investigação corre nos trilhos.

Posicionamento oficial

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Em contato com a redação do Canaltech por intermédio de sua assessoria, a Uber justificou a atitude afirmando que ela, na verdade, é uma medida de segurança para proteger suas informações internas e de seus colaboradores.

"Se um funcionário perde seu laptop, temos recursos para, remotamente, desconectar este computador dos sistemas da Uber e, assim, prevenir que alguém tenha acesso às informações privadas contidas nesse laptop", explicou.

"Em relação a investigações, nossa política é a de cooperar com as autoridades nos termos da lei".

Fonte: Engadget