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Steve Jobs, visionário da Apple, comemoraria 65 anos nesta segunda-feira (24)

Por| 24 de Fevereiro de 2020 às 14h00

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Suno Research
Suno Research
Steve Jobs

Há mais de oito anos que estamos sem Steve Jobs, um dos mais importantes empreendedores da história da tecnologia. Sua personalidade forte, maneira agressiva de trabalhar e a busca por perfeição e inovação em seus hardwares e softwares fazem parte de uma trajetória cheia de altos e baixos — que, no final, tornaram a Apple a empresa trilionária e gigante entre os líderes do setor. Como ele comemoraria 65 anos nesta segunda-feira (24), o Canaltech relembra um pouco os seus maiores feitos.

Nascido em São Francisco, no dia 24 de fevereiro de 1955, Jobs, filho de Abdulfattah Jandali e de Joanne Schieble, foi adotado pelo mecânico Paul Jobs e pela contadora Carla Jobs. Enquanto morava em Mountain View, Califórnia, ao lado da irmã Mona Simpson, o pequeno se mostrava fascinado pela habilidade da mãe com números e com a maneira que seu pai montava e desmontava aparelhos eletrônicos na garagem da família.

Entre 1968 e 1972, quando era um pré-adolescente com curiosidade e esperteza acima do normal, Jobs, que ainda estava no colegial, conheceu um xará, com o sobrenome Wozniak, estudante da Universidade da Califórnia. Wozniak era especialista em softwares e circuitos integrados. Foi aí que ambos passaram a experimentar um protótipo do que viria a ser o Apple I e isso levou Jobs a deixar a faculdade na Reed College.

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O Apple I e a primeira grande derrota de Jobs

Jobs vinha mostrando potencial no setor de tecnologia e, em 1974, apenas com 19 anos, era designer de games na Atari. Nessa época, estava ligado aos grupos da geração flower power e buscava experiências para “enriquecimento espiritual”. Apenas dois anos depois, ele lançou, com Wozniak, o Apple I, que não passava de chips colados a uma caixa de madeira.

Em 1977, eles conseguiram criar uma versão mais moderna, com direito a mouse e disco rígido interno. O hardware e o software apresentados por Jobs e Wozniak se tornaram um novo padrão na crescente indústria dos computadores pessoais. A IBM começou a aparecer como uma rival de peso, especialmente com a ajuda da Microsoft, que já fornecia a linguagem BASIC e passou a ofertar o Windows em 1985.

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Nessa época, Jobs, mostrando-se um executivo bem mais irritado e difícil de conviver, diferente dos dias de hippie da faculdade, queria “se vingar” da Microsoft, que teria praticamente plagiado suas ideias para um sistema operacional na criação do Windows. Assim, ele foi distanciando o Macintosh do software da concorrente, para torná-lo propositalmente incompatível.

Isso causou um grande problema para a Maçã, que viu suas vendas caírem vertiginosamente, enquanto os PCs IBM com Windows se multiplicavam em escritórios, escolas e lares do mundo todo. Assim, em meados dos anos 1980, ele deixava a própria empresa que ajudou a criar.

A retomada nos anos 1990 e o auge nos anos 2000

Jobs era um executivo bastante determinado e explosivo nessa época, em que acumulava críticas de funcionários e de familiares — em muitos anos durante a infância e adolescência, ele nutria uma relação distante e conturbada com uma de suas duas filhas, Lisa Brennan-Jobs. No mesmo período, tinha criado a companhia NexT, levando à frente seu desejo de fabricar um hardware com software específico, diferente das opções convencionais do mercado.

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Em 1986, o visionário cofundador da Apple fez uma aposta que seria fundamental para os anos que viriam: ele comprou um pequeno estúdio de animação de George Lucas, por US$ 50 milhões de dólares. Em paralelo, seus computadores NexT não vingavam, embora a interface gráfica e as funcionalidades do sistema operacional NexTStep chamassem a atenção.

Com a parceria da empresa Sun, o NexTStep chegou a outras plataformas e se transformou nos ambientes de desenvolvimento Sun e NT. E com a crescente verba vinda de seu pequeno estúdio, que viria a se chamar Pixar e arrecadar milhões nos anos 90, Jobs conseguiu investir e elevar o patamar de suas criações no setor de hardware. O passo seguinte seria apostar alto em diferentes abordagens, com foco no design e na ergonomia.

Assim, em 1997, a Apple comprou a NexT na negociação de seu retorno, e, com muitas ideias em andamento, Jobs praticamente jogou fora o computador que vinha sendo construído pela Maçã para introduzir sua nova mentalidade de hardware e software, com o iMac e o macOS.

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Daí para frente, ele trouxe inovação atrás de inovação, sempre com os desenhos suaves e elegantes de Jonny Ive. Vieram os “netbooks”, já preparados para a web, que se tornariam os embriões dos MacBooks; e o iPod, que, em 2001, revolucionou o mercado musical, com um diferente tratamento sobre royalties e o streaming. A usabilidade por meio de paineis sensíveis ao toque foi amplamente difundida com a chegada dos iPhones e iPads, que se tornaram então produtos essenciais para um novo e poderoso ecossistema, criado sobre os pilares de beleza e alto padrão de construção e ajuste.

Mas, embora estivesse no auge, Jobs, com pouco mais de 50 anos, lutava contra um tumor do tipo neuroendócrino no pâncreas, uma forma rara de câncer no órgão.

A despedida em 2011

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O último produto idealizado por Jobs foi o Apple Watch. E esse gadget representa um pouco dos últimos anos de vida do executivo. Ele dispensou um tratamento tradicional e passou a buscar a medicina alternativa para aliviar os efeitos do câncer. Nessa época, ele voltou a olhar para suas raízes espirituais do colegial e passou a dar mais atenção para a Lisa-Brennan Jobs. Também passou a participar mais de eventos com estudantes e as críticas sobre seu temperamento no ambiente de trabalho diminuíram.

O Apple Watch, embora traga funcionalidades e construção da mais avançada tecnologia disponível, carrega um design retrô, com uma coroa como roldana da interface de usuário. Foi assim que Jobs passou seus últimos dias, antes da despedida, no dia 5 de outubro de 2011: reavaliando toda sua vida e trajetória, enquanto revigorava o melhor de sua história e projetava um futuro que não estaria aqui para contemplar.

Tim Cook celebra aniversário de Jobs

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O atual CEO da Apple, Tim Cook, foi ao Twitter para lembrar o homem que trouxe a Apple de volta no final dos anos 90. O executivo compartilhou uma mensagem no Twitter ao lado de um vídeo humorístico de Jobs anunciando o iPhone original.

“Pensando no aniversário de Steve hoje — sua amizade, paixão e principalmente o riso e a alegria que ele inspirou”:

Bem, nossos parabéns a um dos maiores gênios da tecnologia que um dia já tivemos.

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*Com informações do iMore.