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Sony quer cortar pela metade sua divisão de smartphones até 2020

Por| 29 de Março de 2019 às 17h30

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A Sony quer reduzir pela metade a sua divisão de smartphones até 2020. A notícia é mais um golpe para os trabalhadores da fabricante. Ontem, a empresa emitiu comunicado confirmando o fim de uma fábrica de smartphones em Pequim, na China.

A informação desta sexta-feira (29) foi divulgada pelo site Nikkei Assian Review. Com o enxugamento das operações, a Sony deve demitir até 2.000 pessoas, embora algumas possam ser transferidas para outras divisões da empresa.

A Sony sempre enfrentou dificuldades para alcançar uma posição adequada dentro da indústria. Os smartphones da fabricante estão praticamente em desuso – enquanto cerca de 1,6 bilhão de celulares foram vendidos em 2018, apenas 10 milhões deles eram dispositivos da Sony, de acordo com dados da consultoria Statista. Apesar das dificuldades nas vendas, a Sony anunciou o smartphone topo de linha Xperia 1 durante a feira de tecnologia Mobile World Congress, no mês passado.

Não seria a primeira vez que a Sony reduz sua divisão de smartphones. Em 2009, a empresa demitiu 2.000 funcionários após fechar quatro instalações onde produzia smartphones. Outros 1.000 empregos foram cortados em 2015 em resposta a lucros abaixo do esperado. Com os cortes mais recentes, é justo imaginar quantas outras contrações a Sony pode suportar antes de fechar suas portas para sempre.

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Procurada para comentar os rumores, a Sony não retornou o contato da reportagem até a publicação da matéria.

Fábrica fechada

Com o anúncio da quinta-feira (28), a Sony mantém a operação de apenas uma fábrica, localizada na Tailândia. A empresa tenta reduzir custos e fazer com que o seu setor de smartphones se torne rentável no próximo ano. No mês passado, a empresa apresentou seu relatório anual, em que projeta perda de US$ 863 milhões no ano fiscal que termina neste mês.

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O setor de smartphones não é o mais forte nem volumoso da empresa, com um market share mundial de menos de 1% dos aparelhos. A Sony tem um mercado relevante apenas na Europa e Japão, onde vendeu 6,5 milhões de aparelhos, segundo seu relatório.

A Sony é uma das poucas companhias japonesas que ainda se mantém no mercado de smartphones. No ano passado, a Fujitsu vendeu o seu setor mobile para a Polaris Capital Group, sendo que agora, além da Sony, apenas a Sharp e a Kiocera mantêm seus negócios ativos. Contudo, nenhuma delas é relevante na parcela mundial de venda de smartphones.

Fonte: Engadget