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"Rei do Bitcoin" é condenado a oito anos de prisão por crimes de estelionato

Por| Editado por Claudio Yuge | 13 de Abril de 2022 às 15h10

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 leungchopan/envato
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Cláudio José de Oliveira, conhecido pela alcunha de "Rei do Bitcoin", foi condenado nesta terça-feira (12) pela Justiça Federal do Paraná por estelionato e crimes contra o sistema financeiro nacional. A pena é de oito anos e seis meses em regime fechado, além de pagamento de multa à Justiça. Ele estava detido desde julho de 2021.

O "Rei do Bitcoin" é acusado de cometer fraudes no valor total de R$ 1,5 bilhão em simulações de diversos investimentos no setor de criptomoedas. Segundo as investigações do caso, cerca de 7 mil pessoas foram vítimas dos golpes aplicados através do Grupo Bitcoin Banco, empresa controlada por Oliveira.

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A sentença, dada pelo juiz Paulo Sergio Ribeiro, da 23ª vara federal de Curitiba, absolveu o réu dos crimes de associação e organização criminosa. Além de "Rei do Bitcoin", sua esposa, Lucinara da Silva Oliveira, foi condenada a dois anos e cinco meses de reclusão em regime aberto pelo crime de organização criminosa, e também terá que pagar multa à Justiça. Já Johnny Pablo Santos, tido como braço direito da operação fraudulenta, foi absolvido de todas as acusações.

Em pronunciamento para o portal G1, a defesa de Cláudio afirmou que grande parte das graves acusações feitas contra o “Rei do Bitcoin” foram absolvidas, e que acredita em absolvição no recurso da ação.

Outras cinco pessoas ligadas ao Grupo Bitcoin Banco também foram denunciadas por envolvimento nas fraudes, mas seus crimes, segundo o magistrado, devem ser julgados pela Justiça Estadual, e não pela Federal.

Entendendo o caso do "Rei do Bitcoin"

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O Grupo Bitcoin Banco foi criado em 2017 e continuou operando normalmente por dois anos, até que se disse forçado a interromper suas operações como consequência de um ataque cibernético. Em resposta a situação, um inquérito foi aberto na Polícia Federal para investir o caso, mas os administradores da empresa se mostraram pouco cooperativos e recusaram o acesso a documentos e informações que poderiam ajudar a elucidar o caso.

A empresa também deixou de cumprir a promessa de devolver os valores supostamente roubados a seus clientes, afirmando que dependia do prosseguimento das investigações e de acordos extrajudiciais para prosseguir com isso. Esses elementos, junto a outros dados obtidos durante a investigação, resultaram na abertura de uma nova investigação sobre práticas criminosas que estavam sendo conduzidas pela companhia.

Essa investigação, por sua vez, resultou na prisão do “Rei do Bitcoin” em julho de 2021, acusado de ajudar no desvio de criptomoedas pertencentes a mais de 7 mil investidores, além do indiciamento dele e de sua esposa, além de alguns envolvidos no Grupo Bitcoin Banco, por crimes como estelionato, organização criminosa e crime conta a economia - acusações julgadas na última terça-feira (12).

Fonte: G1