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Palavra proibida: justiça obriga OpenAI a mudar nome de recurso no Sora 2

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Marcelo Fischer/Canaltech
Marcelo Fischer/Canaltech

A OpenAI terá de mudar o nome de uma das principais ferramentas do Sora 2, seu gerador de vídeos com inteligência artificial (IA). A empresa sofreu um revés judicial nos Estados Unidos e terá que remover o nome “Cameo” do aplicativo.

A decisão vem de um processo movido pela plataforma Cameo, de vídeos personalizados, famosa por vender mensagens gravadas por celebridades.

A juíza distrital Eumi K. Lee emitiu uma ordem de restrição temporária nesta segunda-feira (24), impedindo a dona do ChatGPT de utilizar a palavra “cameo” ou termos similares – como “Kameo” ou “CameoVideo” – em seus produtos.

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A magistrada argumentou que a OpenAI está infringindo a marca registrada da empresa de vídeos personalizados e que o uso contínuo poderia causar danos irreparáveis à marca original.

A ordem atual de bloqueio é válida até o dia 22 de dezembro, com uma nova audiência agendada para o dia 19 do mesmo mês, quando decidem se a proibição será permanente.

Entenda a disputa pelo nome

O conflito gira em torno dos diferentes usos da palavra “cameo”. Originalmente, na indústria do entretenimento, o termo se refere a uma participação especial curta de uma celebridade em um filme ou série.

No entanto, no centro da briga judicial está a Cameo, empresa que detém a marca registrada e atua justamente vendendo vídeos curtos de celebridades.

A confusão ocorreu porque a OpenAI batizou de “Cameo” um recurso específico do Sora, que permite aos usuários criarem avatares de si mesmos, de animais ou de outros personagens para inseri-los nos vídeos gerados pela IA – simulando uma “participação especial”.

O que dizem as empresas

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O CEO da Cameo, Steven Galanis, celebrou a decisão. Em comunicado, o executivo afirmou que a medida reconhece a necessidade de proteger os consumidores da confusão criada pela OpenAI.

Galanis ressaltou também a urgência da medida, visto que cerca de 30% dos vídeos da sua plataforma são comercializados entre o Dia de ação de Graças – este ano, no dia 27 de novembro – e o Natal. 

Já a OpenAI discordou da acusação. Um porta-voz da empresa afirmou que “ninguém pode reivindicar a propriedade exclusiva sobre a palavra 'cameo’”, reforçando o argumento de que se trata de um termo comum. 

A empresa informou que cumprirá a ordem, mas continuará defendendo seu caso nos tribunais.

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