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O que é preciso aprender para atuar na área de cibersegurança?

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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BrianAJackson/Envato
BrianAJackson/Envato

Por conta da pandemia da covid-19, as empresas se viram obrigadas a dotar um modelo de trabalho remoto para preservação da saúde de seus funcionários. Porém, esta nova abordagem trouxe problemas, principalmente em termos de segurança virtual, o que fez com que profissionais de cibersegurança fossem mais valorizados.

E com essa valorização, empresas que queriam se preparar melhor começaram a ter mais gastos com segurança, o que, segundo uma pesquisa pelo Astute Analytica, faz com que estimativas do mercado global de segurança cibernética especulem movimentações de US$ 346 bilhões até o final de 2027.

Mas ao mesmo tempo, uma pesquisa realizada em 2020 pelo Intelligence Service Center (ISC) apontou que o mundo inteiro contava apenas com 2,8 milhões de especialistas em cibersegurança, mas o déficit global chegava a 4 milhões, sendo que somente na América Latina, a lacuna era de 600 mil.

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A área, em si, apresenta bons retornos, com profissionais de cibersegurança no Brasil tendo um salário médio de R$ 9.366, mas com picos de até R$ 26 mil para os mais experientes, segundo dados da plataforma Glassdoor. Eles podem atuar em setores como Administração, Compliance, Operações, Gestão de Risco, Desenvolvimento de Software Seguro, Perícia Forense, entre outros.

“Ao mesmo tempo em que as empresas migraram para o modelo de trabalho remoto, também aconteceu a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o que aumentou a necessidade por soluções de cibersegurança e também regulamentação desses processos. Por tudo isso, trata-se de uma nova oportunidade para quem quer se reinventar ou começar uma carreira na área de tecnologia”, explica Alexandre Tibechrani, General Manager Americas da Ironhack;

O que é necessário para ser um profissional de cibersegurança

Segundo Tibechrani, hoje quem trabalha com defesa cibernética deve saber identificar possíveis ameaças nos sistemas das empresas, além de manejar firewalls, criptografia de dados e repelir spywares, vírus, hackers e outros comportamentos suspeitos atuando dentro de equipes de segurança virtual.

“De modo geral, o profissional de cibersegurança deve estar familiarizado com as ameaças, medidas e processos para proteger e mitigar riscos aos sistemas de uma companhia. Além disso, precisa ser alguém capaz de dialogar com todas as esferas da organização e ainda ter capacidade de interagir com profissionais e empresas externas, como consultorias e escritórios jurídicos”, afirma o executivo da Ironhack.

O executivo também lista as seguintes competências como necessárias para qualquer profissional que queira entrar na área:

  • Firewall;
  • Técnicas de Hardening;
  • Metodologias de cyber-forensic e investigação;
  • Fundamentos do tráfego de rede;
  • Princípios de comunicação;
  • Protocolos e serviços de rede e roteamento;
  • Conceitos de telecomunicação;
  • Visão geral do OWASP;
  • Segurança de Rede através de Controles de Acesso.
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Com noção das competências citadas acima, é possível que novas pessoas possa começar a entrar no mercado de cibersegurança. Com certeza, oportunidades não faltarão, principalmente no cenário atual em que crimes digitais cada vez são mais comuns.