EUA e China chegam a acordo preliminar sobre o futuro do TikTok
Por Claudio Yuge |

O futuro do TikTok nos Estados Unidos pode finalmente estar mais próximo de uma definição. O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou nesta segunda-feira (15) que EUA e China chegaram a um acordo preliminar sobre a operação do aplicativo no país.
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Segundo Bessent, “os termos comerciais já foram acertados entre duas partes privadas”, sem revelar quais empresas estariam envolvidas. A declaração foi feita em Madri, após dois dias de negociações com representantes chineses.
O ex-presidente Donald Trump também comentou o assunto em sua rede Truth Social, dizendo que discutirá o acordo com o presidente chinês Xi Jinping na próxima sexta-feira (19).
O TikTok vem enfrentando pressões nos EUA desde 2020, quando Trump assinou uma ordem executiva exigindo que o app fosse vendido a uma empresa americana por questões de segurança nacional, devido ao controle da chinesa ByteDance. A medida chegou a ser barrada na Justiça, mas em 2024 o Congresso aprovou a lei Protecting Americans from Foreign Adversary Controlled Applications Act (PAFACA), sancionada pelo então presidente Joe Biden.
Desde então, a administração Trump vem adiando o banimento definitivo do aplicativo para dar tempo à negociação de uma venda. O prazo atual termina em 17 de setembro, mas, segundo o representante de comércio dos EUA, Jamieson Greer, um novo adiamento pode ser necessário para que o acordo seja formalizado.
Quem pode comprar o TikTok?
Grandes empresas americanas como Oracle e Microsoft já demonstraram interesse em adquirir a operação do TikTok. Trump declarou recentemente que aceitaria a compra por uma “empresa bem americana”, reforçando a ideia de que a plataforma precisa estar sob controle dos EUA para continuar ativa no país.
Até o momento, trata-se apenas de um quadro de referência, e não de um contrato assinado. O acordo deve definir como o TikTok poderá operar nos EUA sem comprometer dados de cidadãos americanos. Caso a negociação não seja concluída até a data limite, há risco de o banimento voltar à mesa.
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