Elon Musk revê decisão para evitar julgamento e aceita compra do Twitter
Por Claudio Yuge | •
Ao que parece, a novela envolvendo a aquisição do Twitter por Elon Musk finalmente terá um fim. De acordo com a própria rede social, o dono da Tesla e da SpaceX teria aceitado a negociação inicial, no valor de US$ 44 bilhões (R$ 227,8 bilhões). Musk teria revisto sua decisão para evitar o processo judicial sobre a compra, que começaria nesta semana.
- Quem é Elon Musk? Como ele ficou tão rico e por que comprou o Twitter?
- Musk envia nova carta para cancelar aquisição do Twitter e cita denúncias
Só para lembrar o caso, tudo começou em abril, quando Musk comprou 9,2% das ações do Twitter e se tornou um dos maiores acionistas da empresa. Em seguida, ele registrou uma proposta de aquisição da companhia, mas, após resistência da mesa diretora sobre propostas de moderação e de alegar que os números sobre perfis falsos e spam existentes na plataforma vinha sendo maquiados, anunciou a desistência, em julho.
Desde então, Musk vinha tentando vários recursos para evitar uma batalha judicial que iniciaria em uma corte estadunidense nesta semana. Essas manobras vinham se mostrando infrutíferas, enquanto o data do julgamento se aproximava — e as estratégias para evitar o tribunal também se esgotaram.
Nesta terça-feira (4), o Twitter afirmou ter recebido de representes de Musk "a intenção da companhia é fechar a transação” em US$ 54,20 (R$ 280,61) por ação, como combinado inicialmente, em carta protocolada junto à Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês), órgão responsável por regular o mercado.
Segundo o Washington Post, os acionistas do Twitter ainda avaliam a proposta, porque muitos acionistas ainda suspeitam de alguma manobra judicial por parte da equipe jurídica de Musk. Já o Bloomberg afirma que o empresário teria revisto a decisão porque seu grupo legal teria avaliado que dificilmente venceria a disputa no tribunal.
As primeiras avaliações que antecipam o julgamento estariam a favor do Twitter, já que Musk teria dificuldade em provar que a companhia supostamente falhou com os termos de contrato acordado incialmente. Por enquanto, o empresário não se pronunciou oficialmente sobre a decisão de ter aceitado novamente a aquisição.