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CEO do Spotify espera que Apple seja mais aberta após reclamação feita na UE

Por| 07 de Maio de 2020 às 07h30

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CEO e co-fundador do Spotify, Daniel Ek disse esperar que a Apple abra mais suas plataformas, um ano depois que a empresa sueca de streaming de música registrou uma queixa antitruste na União Europeia (UE) contra a criadora do iPhone.

No passado, o Spotify criticou a Apple, que cobra 30% de suas receitas para assinaturas pagas obtidas em sua loja de aplicativos, a App Store. Para a companhia sueca de streaming isso se trata, na prática, de um imposto sobre a concorrência. Além disso, o Spotify acusou a Apple de limitar as atualizações de seus aplicativos e impedir o fucionamento do seu serviço no Apple Watch e no Siri.

Na denúncia da UE apresentada no ano passado, o Spotify disse também que a atuação da Apple nas duas pontas, como concorrente e dona da plataforma, é um fator que prejudica a concorrência. Por fim, o serviço de streaming afirmou que precisa "inflar artificialmente" seus preços já que, caso não o faça, a Apple aplicaria "restrições técnicas" que limitariam e prejudicariam a experiência do seu serviço.

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"A longo prazo, esperamos que a Apple se abra", afirmou Ek, em entrevista a Bloomberg TV. “Estamos muito encorajados em poder, finalmente, usar a Siri e seus recursos de suporte de voz para criar produtos para a Apple TV e para o Apple Watch, algo que não conseguimos fazer até recentemente ", afirmou Ek. No entanto, ele não esclareceu.se o Spotify foi realmente impedido de lançar um aplicativo para a Apple TV, pois a plataforma possui outros serviços de música há vários anos, com os aplicativos disponíveis na App Store. Ainda assim, o executivo já havia dito que as restrições da Apple tinham "um grande impacto nos negócios".

A Apple tomou medidas adicionais nos últimos meses para combater as alegações de que a App Store viola as regras antitruste. Uma delas são acordos com fornecedores de conteúdo de vídeo (como o Prime Video, da Amazon), que podem "driblar" a comissão de 30% cobrada pela Maçã por estarem na plataforma da Apple TV.

A Apple ajudou a promover o Spotify?

Na época em que o Spotify apresentou a queixa contra o Spotify junto a UE, a criadora do iPhone respondeu, dizendo que a App Store contribuiu para o sucesso do Spotify. Em março do ano passado, a Maçã afirmou: “A maioria dos clientes usa seu produto gratuito, patrocinado por anúncios, o que não contribui para [o faturamento da] App Store. Mesmo agora, apenas uma pequena fração de suas assinaturas se enquadra no modelo de compartilhamento de receita da Apple. O Spotify está pedindo que esse número seja zero.”

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Embora a Apple agora forneça suporte da Siri para o Spotify, ela ainda não permite que os usuários executem serviços de música rivais no alto-falante inteligente HomePod. Ela também impede que o aplicativo de música padrão no iOS e iPadOS, sistemas operacionais que rodam no iPhone e iPad respectivamente, seja outro que não o Apple Music. No entanto, a empresa já anunciou que planeja começar a permitir que outros serviços, Spotify incluso, sejam executados no HomePod ainda este ano. Um movimento tímido, considerando que as vendas deste speaker não são lá essas coisas.

"A Apple está se movendo na direção certa, mas ainda temos muitos, muitos passos pela frente", afirmou Ek. Ainda assim, o executivo afirmou que considera a Apple "uma plataforma aberta e justa".

Ek também reafirmou que acredita que o Spotify está crescendo mais rápido que a Apple Music, dizendo que o seu serviço tem o dobro do tamanho do concorrente mais próximo, além de ter três vezes mais engajamento.

Fonte: Bloomberg TV