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#BrequeDosApps: Brasil terá nova paralisação de entregadores no dia 12 de julho

Por| 03 de Julho de 2020 às 11h40

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Bruno Kelly/Reuters
Bruno Kelly/Reuters

Se os aplicativos ainda não entenderam o recado, então ele será repetido: depois da primeira paralisação realizada na última quarta-feira (1º), entregadores que trabalham para apps como iFood, Rappi, Uber Eats e Loggi já se planejam para interromper os trabalhos mais uma vez. dessa vez no dia 12 de julho.

A decisão de uma segunda paralisação veio depois de uma enquete realizada nesta sexta-feira (03), via redes sociais e WhatsApp e que contou com a participação de 26 mil entregadores, que definiram ainda a nova data. Com isso, teremos a segunda edição do movimento, que leva o nome de #BrequeDosApps.

O que querem os entregadores

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As reivindicações dos entregadores dos apps não são exatamente uma novidade e elas já vêm de longe. Entre elas estão:

Aumento do valor mínimo da corrida

A reivindicação dos entregadores é que os apps aumentem o valor mínimo das entregas, para compensar o deslocamento tanto dos proprietários de motos, quanto de bicicletas.


Seguro de roubo e acidente

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Os entregadores pedem seguro contra roubo de seus instrumentos de trabalho, bem como um seguro que forneça uma compensação financeira em caso de acidente de trabalho.


Aumento do valor por km percorrido

A pandemia da Covid-19 fez com que a demanda dos serviços de entrega disparasse, o que inclui, claro, o lucro das empresas donas dos aplicativos. No entanto, os entregadores afirmam que nenhum tipo de reajuste foi repassado para eles, apesar do aumento no número de pedidos.

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Auxílio-pandemia

Os entregadores pedem não apenas a distribuição de EPIs, como máscaras e álcool gel, como também licença remunerada caso eles sejam contaminados pela Covid-19


Fim do sistema de pontuação

Segundo queixas, as plataformas, com destaque para o Rappi, tendem a privilegiar os entregadores por sua pontuação nos apps e não necessariamente por sua localização. Além disso, eles afiram que há penalização para quem fica desconectado dos apps por muito tempo ou recusam corridas.

Longa espera nos restaurantes

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Muitas vezes, o entregador precisa ficar durante muito tempo no restaurante para retirar o pedido, o que o impede de realizar novas corridas.

Mais trabalho, menos dinheiro

Segundo o jornal Folha de São Paulo, um estudo da Remir (Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista), feito por universidades federais e pelo MPT (Ministério Público do Trabalho), mostra que 59% dos entregadores tiveram um faturamento menor nesse período de pandemia, mesmo tendo de entregar mais pedidos, se comparado ao período pré-coronavírus. Segudo a pesquisa, isso acontece porque os apps distribuíram mais as entregas, sem necessariamente aumentar as taxas.

Além disso, nesse período de pandemia, houve a perda de empregos e o consequente ampliação de pedidos de inscrição para se trabalhar nesses apps. O iFood afirma que, em março deste ano, recebeu mais de 175 mil pedidos - um aumento de 105% em comparação a fevereiro (85 mil pedidos). Atualmente, 170 mil entregadores estão com cadastro ativo no app em todo o Brasil.

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Na última quarta-feira (1º), a primeira paralisação em massa dos entregadores travou ruas e avenidas de diversas cidades do Brasil (e também na América Latina) com dezenas de milhares participando do movimento. Foi possível registrar grandes manifestações em locais como Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Porto Alegre e Salvador, entre outras.

Fonte: Com informações da Folha de São Paulo