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Banco Central adia implantação total do open banking para setembro de 2022

Por| Editado por Claudio Yuge | 25 de Junho de 2021 às 23h30

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O Banco Central do Brasil (Bacen) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) adiaram o cronograma de implantação do open banking. Esse novo sistema de compartilhamento de dados deve aumentar a concorrência entre as instituições financeiras. Inicialmente, sua integração com os meios de pagamento estava prevista para 30 de agosto de 2021, mas agora fica para 30 de setembro de 2022.

Diogo Silva, chefe de Subunidade do Departamento de Regulação do BC, diz que o adiamento está relacionado ao teste do sistema de compartilhamento de dados. “Temos várias entregas [de etapas do open banking] simultâneas e as instituições precisam testar as implementações e buscar certificações. Elas querem conferir antes de estar disponível para os consumidores”, explicou.

Desde 1º de fevereiro, a primeira fase do open banking já está em vigor e permite que os bancos compartilhem informações sobre produtos, serviços, canais de atendimento e localização de agências. A segunda etapa envolve a troca de informações cadastrais e de transações financeiras e deve entrar em vigor em 15 de julho. A partir daí, os clientes poderão autorizar o compartilhamento e fazer a portabilidade de dados para outros bancos e fintechs.

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O adiamento afeta da terceira etapa em diante. A partir de 30 de agosto, os serviços do sistema de pagamentos instantâneos (Pix) serão incluídos, mas outros meios de pagamento (débito em conta, boletos e transferências do tipo TED e DOC) não.

Segundo Silva, o Bacen vai iniciar a adesão ao open banking pelo Pix porque o sistema está mais padronizado que outros serviços, já que foi desenvolvido pelo próprio órgão. “Há grande aceitação do Pix por parte da população e, no futuro, parece natural que ele substitua a TED, por exemplo”, avalia.

Novo cronograma

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Em 15 de fevereiro de 2022, transferências para contas do mesmo banco e TED devem ser integrados ao open banking. Já em 30 de junho de 2022, é a vez dos boletos bancários e em 30 de setembro de 2022, entra o débito em conta.

A integração de outros produtos financeiros, como operações de câmbio, de seguro, de investimentos e de previdência privada, foi mantida para 15 de dezembro de 2021, mas será escalonada. O compartilhamento de dados de produtos financeiros dos clientes passou para 31 de maio de 2022.

Fonte: Agência Brasil