Vai ter horário de verão em 2024? Veja o que falta ser decidido
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela | •

O governo federal está discutindo a volta do horário do verão ainda em 2024, como forma de reduzir o consumo de energia elétrica, manter o preço da conta de eletricidade e melhorar o aproveitamento da luz solar. De modo favorável, alguns órgãos já recomendam o adiantamento de uma hora no relógio.
- Clique e siga o Canaltech no WhatsApp
- William Willett | Quem criou o horário de verão?
- Primavera começa em setembro: descubra o que muda nesta estação
Na última semana, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) propôs formalmente que o governo adotasse a volta do horário de verão. Tudo em um contexto de crise hídrica, que já afeta algumas localidades.
Como grande parte da energia brasileira é gerada a partir de hidrelétricas, que dependem de reservatórios de água, a estiagem e a seca prolongada são uma ameaça a esse modelo. Em tempos de crise, é preciso recorrer ao uso da energia termoelétrica, o que pode aumentar o custo da conta de luz para o consumidor final.
"Hoje, nós não temos problema de geração de energia mesmo com essa grave crise hídrica”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após a reunião do ONS, segundo a Agência Brasil. No entanto, outros fatores e até previsões para os próximos meses podem fazer com que o país volte a adotar o horário de verão. A decisão final será do governo federal.
Quando começa o horário de verão em 2024?
Se o horário de verão for aprovado pelo governo federal e entrar em vigor em 2024, os relógios serão adiantados em uma hora no horário de Brasília, muito possivelmente, no primeiro domingo de novembro, a partir das 0h. O horário “atípico” costuma durar até fevereiro.
Entretanto, essa é apenas uma possibilidade, já que não há nenhuma informação oficial sobre a adoção do horário especial que busca economizar energia elétrica durante o verão.
Brasil vai adiantar o relógio?
"Se fosse um indicativo que apontasse diretamente para risco energético, nós não teríamos nenhuma dúvida na adoção do horário de verão”, explicou o ministro Silveira sobre o porquê do debate se estender.
Por enquanto, “demonstrou-se que ela [a medida de adotar o horário de verão] tem um grau de economicidade, demonstrou-se que ela aumenta nossa confiabilidade. Mas, considerando a tranquilidade de que não faltará energia no Brasil, graças ao planejamento que nós implementamos, eu ainda creio que precisamos avaliar alternativas antes de adotar essa decisão”, acrescentou.
Se o adiantamento dos relógios se concretizar, será possível gerar uma economia de até 2,5 GW de despacho termelétrico no horário de ponta. Isso poderá reduzir os custos e deve contribuir para a eficiência do Sistema Interligado Nacional (SIN), o que amplia a capacidade de atendimento das 18h às 21h.
Horário de verão no Brasil
No Brasil, o horário de verão foi instituído em 1931. O adiantamento de uma hora nos relógios em relação ao horário de Brasília foi adotado, de forma contínua, entre os anos de 1985 a 2019. Apesar de ser uma política consolidada, a medida foi revogada, com a justificativa de que a economia de energia era pouco efetiva.
LEIA TAMBÉM:
- Hidrogênio turquesa | Conheça o primo do hidrogênio verde com futuro promissor
- Garrafa com mensagem de 200 anos é encontrada em escavação na França
- Cientistas ganham prêmio Ig Nobel ao provar que cara ou coroa não é 50/50
Fonte: MME, Agência Brasil