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Tempestade solar deixa a termosfera da Terra com a maior temperatura em 20 anos

Por| Editado por Patricia Gnipper | 23 de Junho de 2023 às 21h00

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NASA/SDO
NASA/SDO

Medições feitas pela NASA indicam que a termosfera — segunda camada mais externa da atmosfera terrestre — atingiu o recorde de temperatura em 20 anos depois de absorver recentes tempestades geomagnéticas provenientes do Sol. O fato parece confirmar que a atividade solar está se aproximando de um de seus picos periódicos.

A mais de 80 quilômetros acima da superfície terrestre, a termosfera é uma camada extremamente rarefeita na atmosfera, abrigando majoritariamente íons livres. É nela que está posicionada a Estação Espacial Internacional e também onde ocorrem as auroras. A NASA mede a temperatura dessa faixa através da radiação infravermelha emitida pelas substâncias da termosfera, convertendo o valor em um indicador chamado Índice Climático da Termosfera (do inglês, Thermosphere Climate Index – TCI).

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O TCI atingiu o pico de 0,24 terawatts em março, após duas tempestades geomagnéticas bombardearem a Terra com partículas carregadas ejetadas pelo Sol. Foram três eventos entre janeiro e fevereiro que, segundo Martin Mlynczak, cientista da NASA e criador do índice, deixaram o índice em seu valor mais alto desde 2003.

"Estas tempestades depositam energia na termosfera fazendo com que ela esquente,” explica Mlynczak. Mas o resultado nem sempre é um pico de temperatura, segundo ele “emissões de infravermelho após uma tempestade resfriam a termosfera, mas várias delas em sequência a temperatura permanece alta.”

Como o Sol segue um ciclo de atividade que leva 11 anos entre um pico e outro, as temperaturas da termosfera acompanham esse período. O próximo máximo de atividade solar está previsto pela NASA para 2025, indicando que as temperaturas na termosfera podem continuar subindo.

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As principais implicações deste fenômeno são os efeitos adversos que ele pode causar aos satélites orbitando o planeta. Mlynczak afirma que “a termosfera expande conforme esquenta, aumentando a resistência aerodinâmica exercida nos satélites e no lixo espacial.” O resultado disso é um aumento na chance de colisão entre os aparelhos ou até a saída de sua órbita — como aconteceu em fevereiro de 2022 com satélites Starlink da SpaceX.

Fonte: Live Science