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Se a NASA não nos salvasse em 1985, estaríamos mortos em 2065

Por| 04 de Julho de 2018 às 08h25

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Se a NASA não nos salvasse em 1985, estaríamos mortos em 2065
Se a NASA não nos salvasse em 1985, estaríamos mortos em 2065
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No início da década de 1980, uma grande ameaça à vida no planeta Terra foi percebida — e erradicada — pela NASA. Enquanto levantávamos nossos cabelos usando sprays fixadores com clorofluorcarbonetos (CFCs), e usávamos geladeiras que liberavam CFC no ar, a camada de Ozônio da estratosfera, nossa única proteção em relação aos raios ultravioleta (UV) emitidos pelo sol, era severamente devastada.

O problema

Nós costumamos pensar que a NASA se limita a explorar o espaço, mas suas atribuições também incluem checar como vão as condições de vida na Terra. E em 1985, equipes de cientistas da NASA e da British Antarctic Survey descobriram um rombo na camada de Ozônio logo acima da Antártida. Comparando dados colhidos entre setembro e novembro de 1985 com a absorção padrão da camada de ozônio, a proteção de porções do continente gelado chegava a ser 33% menor do que o esperado.

A molécula de CFC é um composto de carbonos com flúor e cloro. Quando as moléculas de CFCs estão dispersas na atmosfera, ao serem atingidas pela luz ultravioleta, liberam o átomo de cloro, responsável por transformar a molécula de ozônio (O³) em oxigênio (O²), inútil para barrar as radiações emitidas pelo sol. Um único átomo de cloro tem o poder de destruir mais de 100 mil moléculas de ozônio antes de se ligar a outros átomos e se tornar inerte. Como os átomos de cloro se tornam especialmente destrutivos em temperaturas frias, os polos da Terra são os pontos mais vulneráveis.

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Se as coisas continuassem como estavam, em 2020 haveria um buraco semelhante no outro polo do planeta, no Ártico. Em 2040, 70% da camada de ozônio teria desaparecido e, em 2050, seria a vez dos trópicos perderem a proteção. Em 2065, não seria possível colher alimentos do solo ou mesmo manter os rebanhos da pecuária vivos. Além disso, um passeio de 5 minutos em qualquer cidade mundial causaria queimaduras graves e as taxas de câncer seriam altíssimas. Não fosse o olho vivo da NASA, estaríamos todos mortos em 2065.

A solução

Apenas dois anos após a detecção dos problemas causados à camada de ozônio, em 1987, foi assinado o Protocolo de Montreal, que formulou políticas de diminuição das emissões de CFCs a serem seguidas pelas diversas nações do mundo. Na época, produtos que eram comercializados em formato de sprays ou aerosóis, além dos aparelhos refrigeradores, liberavam clorofluorcarbonetos na atmosfera.

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Segundo Susan Strahan, hoje cientista sênior da NASA e, na época, pesquisadora-doutoranda sobre a questão do impacto dos CFCs no buraco da camada de ozônio também para a NASA, a grande sorte foi que os formuladores de políticas públicas internacionais deram ouvidos aos alertas dos cientistas na época. As consequências teriam sido horríveis se o Protocolo de Montreal não fosse pactuado a tempo. "Se todas essas emissões de raios ultravioletas chegassem à superfície, nós teríamos câncer de pele, poderíamos ter cataratas nos nossos olhos, inclusive nos animais, e as colheitas morreriam! Então a vida humana na terra realmente não seria possível. Soa como um filme desastroso de Hollywood, mas penso que poderíamos ter enfrentado consequências apocalípticas", disse a pesquisadora.

Em 1996, os CFCs tiveram seu uso banido nos países mais desenvolvidos. O buraco na camada de ozônio está se recuperando lentamente, mas há esperanças de todo o dano causado pelos humanos ser mitigado até o final do século XXI. Nos salvamos, graças à NASA!

Fonte: Business Insider